Através da Maria das Palavras descobri que o apresentador Jimmy Kimmel tem um segmento no seu programa intitulado Mean Tweets, no qual coloca as celebridades a ler os tweets que lhes são carinhosamente dedicados. E o resultado é isto:
Por terras lusas também se "brinca" assim. Persegue-se árdua e meticulosamente os concorrentes da Casa dos Segredos, o Cláudio Ramos, o Gustavo Santos, a Ana Malhoa, e tantos outros. Perscruta-se qualquer peidinho que essa gente dá, e depois vale tudo na caça ao "like". Fica a faltar a parte em que se colocam essas celebridades a ler o que é escrito acerca delas. Isso é que eu pagava para ver!
Outro alvo fantástico são os jovens. Dizer o quanto esta juventude está perdida. Como se nós não tivéssemos sido já jovens inconscientes e inconsequentes (parvos, vá!) também. Pessoal, nós somos/éramos a "Geração Rasca", lembram-se?
Critica-se a postura desta juventude na net, a libertinagem permitida pelos pais, a devassidão... Grita-se bem alto (ie, publica-se em letras maiúsculas) que os pais de hoje em dia não querem saber o que os filhos andam a fazer na net. Conheço mães/pais que proibiram o contacto dos filhos com qualquer rede social, e eles estão lá na mesma.
Nós já fomos adolescentes, nós sabemos bem como se faz asneira sem os pais saberem, certo? Estes miúdos (Geração Internet) são a primeira geração a ser posta à prova perante milhões de juízes das atitudes dos outros, juízes que só estão de olhos postos no mal.
Ontem na televisão, no programa "Agora Nós" conheci a Ana Filipa. Uma pensadora atrevida, autora do blogue Diário de uma Borboleta, e que com apenas 16 anos já publicou dois livros. Tão novinha, mas já sabe por onde quer voar e já começa a bater asas para lá chegar.
Tenho cá para mim que sem ser preciso muito esforço, encontramos pensamentos interessantes, escritas coerentes e espíritos inovadores nesta nova geração. Miúdos que habitam nas redes sociais e que as usam em bom proveito, que têm algo de relevante a dizer, e que (por incrível que pareça) sabem pensar!
As pessoas não se limitam a dar opiniões e concordar ou discordar, acrescentando palavras válidas. Preferem insultar, pôr o dedo na ferida e procurarm contentamento na miséria dos outros.
ResponderEliminarEu acho que não há limites quando se brinca, mas há limites quando se fala a sério. E mostrar, como fez o Kimmel, que essas pessoas não devem ser levadas a sério, mas com humor, retira-lhes todo o poder.
É a diferença entre ironia e bullying! Era porreiro ver um segmento destes num programa em Portugal...
EliminarÉ caso para dizer: e quem fala assim não é gago!! Excelente abordagem. Concordo plenamente com o que dizes. Encaro a juventude como forma de descoberta, pois de facto ser jovem é ser-se estupidamente corajoso..estamos sempre em busca de querer saber e aprender tudo..por vezes caímos..mas é sem dúvida através desta estupidez que crescemos. São as chamadas lições de vida :D
ResponderEliminaruma boa semana**
http://mypreciouspace.blogspot.pt/
Gostei muito e concordo com tudo. É triste perceber que as pessoas dizem mal por inveja, má formação ou puro prazer em rebaixar os outros. Falam por falar.
ResponderEliminarMuito bem dito. Uma análise muito boa.
ResponderEliminarhomem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt
Aleluia! Alguém que põe em palavras o que eu ando farta de dizer! Não acho que tenha tanto a ver com gerações, mas com pessoas. E todas as gerações têm pessoas boas, más e assim assim. O pessoal realmente esquece-se daquilo por que já passou. Obrigada pelo texto, na mouche!
ResponderEliminar;-)
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