Gosto de beijos que são abreijos
Abraços que são amassos
Risos que viram gargalhada
Numa jantarada sem horas
De convites, partilhas e entregas
Do tu do eu do nós e dos outros que nos preenchem
Do Sentimento que realmente se sente
De dar, de quem dá e do sorriso consequente
Da brisa quente na noite sofrida
Da mão que se estende sem senão
De conversas longas e toalhas estendidas,
De histórias de passados distantes que não se cumpriram e viram
lutas dolorosas numa escada que não é uma qualquer
Mas aquela onde dormita um herói que o é sem saber
De convicções e ideais, de quem os tem e deles não abdica
Gente assim já não se fabrica
Abaixo o mais-ou-menos, o pode ser, o poucachinho e o resto que fica
Porque já não se ama não se beija e não se amassa
Onde já não há amor é vida parada
Vida perdida num quase nada
Celebrar o quê quando tudo é vazio?
Por isso enche o copo, não o deixes a meio
Perde-te nas emoções e na vida airada
Estende a mão, aperta, aquece, apetece, arrisca e petisca, afaga e abraça.
Sente o sol no rosto, mas o do amanhecer,
que a hora é de acordar, aprender, errar, repetir, gritar, refazer, amar e fazer crer
que o tanto e o tudo que tens és tu que o fazes.
E tudo o que tens é Limonada!
#limonadadavida