Na
quarta-feira fui à creche sem a Maria, e ainda bem que fui. Por vezes alguma indignação traz ventos de mudança.
Esta manhã, salvaguardado o período de contágio, a Maria já foi à escola.
Esta manhã, à entrada, estava um
papel informando que há um surto de Conjuntivite na creche, tal como eu pedi.
Esta manhã a directora quis falar comigo para me dizer que, para além de implementar uma maior comunicação entre a creche e os pais acerca das doenças existentes, irá ter regras mais apertadas quanto à recepção de crianças doentes na creche, e que para tal iria precisar de uma declaração médica autorizando a presença da minha Maria na escola.
Eu podia ter ficado furiosa, pois se tivessem feito essa exigência aos pais das crianças que tiveram conjuntivite a semana passada, a minha Maria não a teria apanhado.
Mas não fiquei.
Compreendo que num espaço onde entram, saem e permanecem tantas pessoas não é fácil controlar doenças. Compreendo que poderá ter havido algum facilistismo por parte da creche, facilitismo esse que por vezes tanto jeito nos dá a nós pais. Como também compreendo que poderá ter havido da parte dos pais dessas crianças um certo desleixo e o não querer assumir que os seus filhos tinham uma efectivamente uma conjuntivite e não a vista constipada.
O importante é a resposta rápida da creche ao meu apelo, a vontade de mudar e melhorar para bem de todos, mas principalmente para o bem dos bebés que frequentam aquele espaço.
Não tenho dúvidas que a minha filha é lá muito feliz, muito amada e acarinhada.
Ela não fala, mas eu sinto-o.