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quinta-feira, agosto 29, 2019

Estas férias de Verão

Estas férias foram um pouco atípicas.
Na 1a semana a Maria esteve doente e ficámos por casa.
Na 2ª semana fomos ao Zmar e viemos, fomos ao Algarve e viemos. Foram férias aos bochechos e sem um verão quente a sério. Valeu principalmente por ver a Maria a percorrer tudo, e perceber o quanto ela cresceu nestas férias. Andamos deliciados com o quanto ela desenvolveu neste curto espaço de tempo.
A Maria Limão começou a andar pouco depois de ter feito um ano, e agora ninguém a pára.
Não gosta de estar fechada em casa, pelo que assim que lhe dizemos "Maria, vamos à rua" ela larga o que está a fazer e dirige-se para a porta de casa.
Se connosco ela já é imensamente estimulada pelos irmãos Timteen e Smartieteen, agora imaginem passando férias com uns avós no Alentejo e com os outros avós e primos no Algarve. Bastou sairmos da rotina, creio eu, porque com a mudança aprende-se sempre muito.
Foi nestas férias que teve a sua primeira queda e esfolou a perna esquerda toda, que partiu um copo espetando um vidro no pé, e que aprendeu a beber água do bebedouro do parque. Foi nestas férias que demos conta que percebe grande parte do que lhe dizemos, como por exemplo, se lhe pedirmos para ir pôr a fralda no lixo, lá vai ela toda catita.
Na piscina dos avós dá gargalhas, bate com as mãos na água numa excitação enorme e aventura-se tentando largar-se do colo onde está. Quer andar à solta.
Já reconhece o avô, a avó, e tenta falar deles dizendo e quando os revê nas fotografias.  Sabe onde ficam os quartos dos irmãos, faz birras e pede (colo). Quando está birrenta só quer o colo da mãe. Diz adeus enquanto diz Ádi e manda beijinhos.
Está mais alta e magrinha e já tem 8 dentes.
Adora arroz de toda a maneira e feito, mas ainda tem dificuldade em comer alimentos maiores ou mais sólidos, come toda a espécie de fruta desde que passada.
Continua a preferir a sua chucha mesmo que com 14 meses de uso e não pega em mais nenhuma, é fã dos livros que a avó paterna lhe ofereceu e preferindo-os aos peluches e bonecas. Gosta de legos, mas rapidamente se cansa deles.
Só quer andar, andar, andar para um lado e para o outro. Assim que chega à praia entra pela água dentro, sem medos e sem frios, só quer é ondas, baldes e bolachas. Come bolachas misturadas com areia, desfaz os castelos que lhe fazemos e entorna para cima dela a água que recolhemos com o balde.
Gosta de ser o centro das atenções e se estou ocupada ou distraída ela grita para que eu saiba que está ali. Quando finalmente lhe dou atenção, estende-me um dos seus livrinhos como que a pedir-me para lhe contar a história. Quando lhe devolvo o livro, se o fizer de pernas para o ar, ela vira-o e pega-lhe na posição certa. Não sei como, nem que indícios ela recebe daqueles livros para que perceba que estão ao contrário, mas percebe.
Já teve momentos de chegar ao pé de nós e dizer cócó, e quando vamos verificar tem mesmo a fralda suja. Já tenta repetir algumas palavras, tagarela o dia todo, e aprendeu a pedir bábua (água).
Adora escorregas e já os sobe no sítio por onde é suposto descer, tal qual uma spider-baby, mas não é fã de baloiços. Dá gargalhadas contagiantes quando lhe fazemos cócegas ou jogamos ao "A Maria Não Está Cá".
Vai para a casa de banho quando lhe dizemos que é hora do banho e diferencia os brinquedos da banheira com os quais se entretinha durante horas, se a deixássemos.
Sabe onde ficam os pés, as mãos, a cabeça, o pipi e o nariz. Descobriu o nariz recentemente, e escarafuncha-o com o dedo indicador como se não houvesse amanhã.
Dança quando lhe pomos música do rádio e fica especada a olhar para a televisão com um sorriso de orelha a orelha quando reconhece os seus desenhos animados preferidos. Vibra com tudo o que seja músicas, genéricos e publicidade do Disney Junior e Baby TV.
Quando lhe digo que NÃO ela testa-me uma e outra vez com aquele ar de safada, até o NÂO ser dito aos berros e de olhos arregalados.  Sim, este fedelho de 14 meses sabe o que quer e o que não quer. Nesta fase a sua decisão mais difícil é responder se quer água ou bolacha, mas já diz na na na na quando não quer, e acena que sim com a cabeça em sinal de aprovação.
Ao fim do dia está de rastos e podre de sono, mas mesmo assim liga e desliga a luz de presença da cama de grades até se render ao cansaço.
É irrequieta, teimosa, palhaçona, insatisfeita, espertalhona, faladora, expressiva, doce, refilona e não gosta de ser contrariada.
Tenho sempre a tendência para a comparar com a irmã, que era muito mais tranquila e calminha, chegando a pensar que desta vez o desafio da maternidade vai ser muito maior. Diferente pelo menos está a ser.
Dá trabalho, muito trabalho, e com esta personalidade forte parece-me que me vai dar muita luta, mas não há nada melhor do que estar com ela o dia inteiro, vê-la crescer a este ritmo, desfrutar dela todos os dias e sentir-lhe o cheiro, mesmo que seja a chulé quando lhe descalço as sandálias ao fim do dia. Até isso é maravilhoso nela.
Nunca lhe perguntei, porque não me vai saber responder, mas tenho cá para mim que é uma miúda feliz. Nestas férias pelo menos foi muito feliz. E nós também.






5 comentários:

  1. Que linda!! Família linda!! Veres os filhotes a desabrochar é agridoce... por um lado um orgulho e por outro sinal que o tempo esta a passar depressa de mais!

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    1. Ainda mais agridoce é quando olho para os irmãos com 18 anos e penso no piscar de olhos que estes anos foram. Um dia destes é ela.

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