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sexta-feira, março 08, 2019

Se isto não é uma boa maneira de celebrar o DIA DA MULHER, não sei o que será!

Este ano apetece-me festejar o DIA DA MULHER partilhando convosco uma das melhores formas de ajudar mulheres por esse mundo fora.

aqui partilhei convosco o que é o KIVA, releiam para mais pormenores.

Venho hoje relembrar que, não estando todas as mulheres do mundo em pé de igualdade no que toca a oportunidades de vida (quanto em oportunidades de negócio), a melhor maneira de empoderar uma mulher é permitir que tenha o seu próprio negócio, o seu sustento. A independência financeira é meio caminho andado para que qualquer mulher no mundo seja ela própria e não a sombra de quem a sustenta.

Nesse sentido, a intenção deste post é partilhar convosco a minha experiência enquanto financiadora neste vasto mundo do KIVA. Não para dizer que sou uma fantástica alma caridosa, mas para explicar que com muito pouco é efectivamente possível ajudar muita gente.

Ora, desde que sou apoiante KIVA ja financei 22 projectos: 21 mulheres e 1 homem. Escusado será repetir o porquê de 99% das pessoas que apoiei serem mulheres. São elas quem mais precisa, certo?

22 pessoas em 18 países: Filipinas, Bolivia, Serra Leoa, Arménia, Congo, Ruanda, Quénia, Uganda, Camboja, Togo, República Dominicana, Moçambique, Nigéria, Tagequistão, Perú, Honduras, Líbano e Samoa.

A minha primeira experiência no KIVA foi com a Talila de Samoa, decorria o ano de 2007. A Talila era uma senhora de 31 anos, com 1 filha e muito jeito para cozinhar. Pedia na altura um financiamento de 300$ para comprar ingredientes para o seu negócio de pastelaria e para, se possível, arranjar uma loja. Fui uma das 12 pessoas que investiu na Talila. Entreguei-lhe 25$ com a promessa de os reaver em tranches mensais no prazo de 20 meses.



Na altura pensei que o pior que podia acontecer era eu nunca mais ter esse dinheiro de volta, mas se ao fim desses 20 meses a Talila me devolvesse o empréstimo que lhe fiz, eu ganhava muito mais do que esses 25$. Ganhava um coração cheio ao imaginar a Talila sorridente, atrás do balcão da sua loja em Samoa a vender os seus bolos, bolachas e biscoitos. Só isso já valia a pena o risco.

Todos os meses era devolvida uma parte dos 25$ que emprestei e ao fim de 20 meses, tinha o meu empréstimo de volta.

Ora se correu bem desta vez, para quê parar? Por que não continuar a emprestar os meus 25$ a quem precisasse mais deles do que eu? Assim fiz! Fui emprestando e recebendo, emprestando e recebendo.

Durante estes doze anos como apoiante/financiadora KIVA apenas uma senhora me falhou. O seu negócio não correu bem e não teve a possibilidade de me devolver tudo o que lhe emprestei. Tenho pena que não o tenha feito, mais por ela e por não ter conseguido ter sucesso no seu projecto, do que por mim. A mim aquela quantia não aquece nem arrefece, mas a ela poderia ter feito toda a diferença.

Neste momento estou a ajudar a Fresca de 52 anos, oriunda das Filipas, dona de uma cantina, a pagar os estudos da filha, Cheska. A Fresca solicitou um empréstimo de 4.475$, e eu fui apenas uma das 145 pessoas que a apoiaram nesse sentido. A Fresca vai demorar 92 meses (mais de 7 anos) a devolver tudo o que pediu emprestado, mas só de imaginar a alegria da sua filha Cheska por poder ir à escola e eu estar a contribuir para a sua formação, vale a pena a espera.




Já me aconteceu querer ajudar alguém e não ter ainda recebido nos 25$ iniciais. Arranjei mais 25$ e voltei a apostar noutro projecto.

Por isso meus queridos Limoneiros e Limoneiras, com este post ficam a saber que o KIVA vos dá a hipótese de fazer pequenos empréstimos a pessoas que trabalham para iniciar os seus negócios e melhorar as suas vidas. Não é dar esmola, é um incentivo.

Se isto não é uma boa maneira de celebrar o DIA DA MULHER, não sei o que será. 
Join me!
Vai a KIVA.org e regista-te



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