terça-feira, março 31, 2015

Os Mean Tweets, as ofensas vazias e a Geração Internet

Cada vez mais a crítica vazia, desmesurada e sem qualquer fundamento alimenta posts, tweets e blogues.  Não são apenas brincadeiras inofensivas para o pessoal rir um bocado. São ofensa e asneira da grossa. São ódios raivosos, com alguma frustração à mistura, que tentam passar despercebidos quando confundidos com ironia.

Através da Maria das Palavras descobri que o apresentador Jimmy Kimmel tem um segmento no seu programa intitulado Mean Tweets, no qual coloca as celebridades a ler os tweets que lhes são carinhosamente dedicados. E o resultado é isto:





Por terras lusas também se "brinca" assim. Persegue-se árdua e meticulosamente os concorrentes da Casa dos Segredos, o Cláudio Ramos, o Gustavo Santos, a Ana Malhoa, e tantos outros. Perscruta-se qualquer peidinho que essa gente dá, e depois vale tudo na caça ao "like". Fica a faltar a parte em que se colocam essas celebridades a ler o que é escrito acerca delas. Isso é que eu pagava para ver!

Outro alvo fantástico são os jovens. Dizer o quanto esta juventude está perdida. Como se nós não tivéssemos sido já jovens inconscientes e inconsequentes (parvos, vá!) também. Pessoal, nós somos/éramos a "Geração Rasca", lembram-se?

Critica-se a postura desta juventude na net, a libertinagem permitida pelos pais, a devassidão... Grita-se bem alto (ie, publica-se em letras maiúsculas) que os pais de hoje em dia não querem saber o que os filhos andam a fazer na net. Conheço mães/pais que proibiram o contacto dos filhos com qualquer rede social, e eles estão lá na mesma.

Nós já fomos adolescentes, nós sabemos bem como se faz asneira sem os pais saberem, certo? Estes miúdos (Geração Internet) são a primeira geração a ser posta à prova perante milhões de juízes das atitudes dos outros, juízes que só estão de olhos postos no mal.

Ontem na televisão, no programa "Agora Nós" conheci a Ana Filipa. Uma pensadora atrevida, autora do blogue Diário de uma Borboleta, e que com apenas 16 anos já publicou dois livros. Tão novinha, mas já sabe por onde quer voar e já começa a bater asas para lá chegar.

Tenho cá para mim que sem ser preciso muito esforço, encontramos pensamentos interessantes, escritas coerentes e espíritos inovadores nesta nova geração. Miúdos que habitam nas redes sociais e que as usam em bom proveito, que têm algo de relevante a dizer, e que (por incrível que pareça) sabem pensar!



sexta-feira, março 27, 2015

Viagens da Limonada #1 - Madrid

Madrid, Paris, Praga, Roma, Londres, Veneza, Amesterdão, Madeira, Grécia (Atenas, Santorini, Mykonos, Paros), Caraíbas (Stª. Lucia, Martinique, Guadaloupe, St. Marteen, Virgin Gorda), Tunísia (Djerba e deserto) e Tailândia (Bangkok, Chiang Mai, Chiang Rai, Krabi), foram alguns dos sítios por onde a Limonada andou e que começa agora a ser partilhada na rubrica VIAGENS DA LIMONADA.


#1 -MADRID

Já lá estive três vezes.
Uma cidade à qual é sempre bom voltar, uma boa escolha para um fim-de-semana romântico ou com amigos, um passeio cultural, ou simplesmente uma escapadinha.

Os voos pela Easyjet são baratíssimos. Numa das vezes que fui apanhei um voo a 19.99€, ida e volta. Sim, eu sei que foi um achado, mas não é difícil encontrar voos a partir dos 50€ ou 60€, que ainda assim, fica bem mais barato do que ir ao Algarve de carro.

Uma vez lá, é percorrer a cidade a pé e/ou de metro.


Restaurantes:
Madrid tem variadíssimas tabernas para petiscar umas tapas, umas sandes de presunto ou para uma refeição rápida, como por exemplo, o Museo del Jamon (há imensos espalhados por toda a cidade).






Para algo mais consistente, o Cozido Madrileno na Taberna San Isidro (Calle de Toledo, 24). É muito parecido com o nosso cozido, mas vale a pena experimentar.



Locais a não perder:
Parque do Retiro: para caminhar, descontrair, ler um livro, namorar, andar de barco. É a calmaria total dentro da movida que caracteriza tão bem a cidade.








Plaza Mayor: uma praça agitada pelas imagens coloridas dos edifícios, pelos artistas de ruas, espectáculos ao vivo, feiras, etc.








Muito perto da Plaza Mayor, a Puerta del Sol. Uma das antigas entradas na cidade, e onde actualmente podemos ver a estátua do urso (símbolo da Cidade de Madrid), a marca do quilómetro zero (centro da rede de estradas em Espanha) ou ainda o anúncio ao famoso sherry Tio Pepe.













Junto ao Banco de Espanha, não perder a Praça Cibelles, onde o Real Madrid festeja as suas vitórias e onde normalmente se realizam diversos tipos de manifestações.




E um pouco mais à frente a famosa Puerta de Alcalá.




Fonte de Neptuno, onde o Atlético de Madrid festeja as suas vitórias.



Palácio Real- De todas as vezes que estive em Madrid, nunca entrei no palácio, mas definitivamente vale a pena ver, pelo menos, por fora. No exterior os jardins são muito bonitos, cheios de artistas de rua, malabaristas, pintores, etc.









Estátua de Cervantes- D. Quixote e Sancho na Plaza de Espanha, onde se inicia a Gran Via, uma das ruas mais movimentadas de Madrid.
















Museo del Prado- Uma bela colecção de pintura espanhola de Goya a Vélasquez, passando por pintores franceses, alemães e italianos.







Se houver tempo:
Museo Nacional Reina Sofia- Uma falha no meu roteiro! De todas as vezes que estive em Madrid nunca tive tempo para lá entrar.


Estação de Comboios de Atocha- Conhecida igualmente pelo atentado de 11 de Março de 2004, é uma das mais belas estações de comboio que já vi, pelo edifício em si e pelo lindíssimo jardim interior.






Plaza de Toros de las Ventas- não sou aficcionada de touradas, mas fui assistir a uma corrida. A Praça é muito bonita e o público obviamente vibra com o espectáculo, principalmente com a parte final, a morte do touro em plena praça. Fui uma vez, mas não conto lá voltar. Para quem quer entrar no espírito madrileno e/ou é fã de corridas de touros, creio que vale a pena assistir.






Torres Kio na Plaza Castilla - mais pela curiosidade da arquitectura dos edifícios do que pelo entretenimento que possa proporcinar.





Para quem gosta de futebol, e havendo tempo durante a estadia, vale a pena assistir a um jogo no Santiago Bernabéu ou no Vicente Caldéron.







Para uma estadia ainda mais prolongada e principalmente para quem viaje com crianças, é facil dar um pulinho ao Parque Warner, a sul da capital, junto a Getafe.













Madrid tem um ambiente e uma agitação muito próprios, mais pela comemoração da vida por parte dos locais do que propriamente pelo tráfico intenso ou grandes filas de espera. Aliás, apesar da enorme quantidade de pessoas que se movimenta nas ruas, tudo funciona, tudo tem um ritmo certo, há tempo para tudo e o tempo é muito bem aproveitado.

E vocês, o que pensam de Madrid?