quarta-feira, novembro 28, 2018

As Madrastas, ou o anúncio de Natal da Vodafone



Como madrasta olho para este anúncio com esperança.
Muitas vezes o carinho nem banhado a ouro é reconhecido, porque não vem do pai ou da mãe. Vem de alguém que para eles é visto como um intruso. 

Mesmo que faças todo o papel de lavar, limpar, cuidar. Mesmo cozinhando o que eles gostam, mesmo tendo o cuidado de lhe colocar na cama o edredão quando se queixou que teve frio durante a noite, tal como uma mãe. Muitas vezes estando mais presente do que a própria mãe. 

Talvez daí a confusão e a necessidade de deixarem bem claro o “tu não és minha mãe”. Muito do que lhes fazemos é como se estivéssemos a querer “roubar” o papel da mãe.

É dar-lhes tempo. Eles precisam de crescer e amadurecer para perceberem que a nossa intenção nunca foi substituir a mãe, mas apenas colaborar com o pai no fazer deles pessoas boas, por muito que por vezes essa colaboração saia em tom de ralhete.

É essa a minha esperança: o ser reconhecida como alguém que tudo fez para que fosse feliz e que só lhe quer bem, tal como uma maedrasta. Madrasta nunca! 


https://m.youtube.com/watch?v=kFtOz7YXHLo




Sigam-me no Instagram @Limonadadavida, no Youtube aqui e no Facebook aqui.

terça-feira, novembro 20, 2018

Aquela fase estranha do pós-parto

Sabem aquela fase dos miúdos em que ficam meio feiosos? Aquela fase em que já não são fofos como eram em bebés, mas também ainda não são crescidos? Aquele período de transição em que andam cheios de borbulhas, o cabelo fica mais espesso e estranho e eles ficam esquisitos, sabem? É aquela idade em que até os pais sabem que os filhos não estão lá muito bonitos, mas continuam a achar que são adoráveis porque "quem feio ama bonito lhe parece".


Ora, as récem-mamãs passam por uma fase semelhante nos primeiros meses após o parto. Só não digo todas as recém-mamãs porque a Carolina Patrocínio existe exactamente para me provar o contrário, mas quase todas. Ou então sou só eu que me sinto assim, feiosa. 

Para além destes 5 quilos a mais que ainda não consegui perder, estou magríssima de cara , com um rabo gigantesco e um barriga semelhante à que tinha quando estava grávida de 4 meses. Tenho olheiras do tamanho de um comboio, a pele seca e cheia de rugas e o cabelo a cair que nem flocos de neve no topo dos Himalayas. 

Uma pessoa bem tenta sair de casa maquilhada, de cabelo lavado e arranjado (deus sabe a ginástica que tenho de fazer para ter tempo de tomar banho e lavar o cabelo), uma pessoa tenta massagens drenantes e tratamentos anti-queda do cabelo, etc, mas nesta fase nada brilha. Nada me serve. Estou latagona. Tenho a sensação que necessitava de um guarda-roupa novo no mínimo dois tamanhos acima daquele que tenho. 

A privação de sono tem sido uma autêntica tortura. Suga-me a energia toda. Há dias em que não tenho forças, nem cabeça, nem vontade de ir treinar. E só Deus sabe o quanto eu adoro o meu Step. É o meu escape desde há 14 anos a esta parte. É no Step que alivio o stress, que esqueço as preocupações, que tenho tempo para mim, em que me escolho. Mas a falta de descanso priva-me de tudo isso.

Adoro cuidar da Maria. Adoro estar com ela, dar-lhe banho, dar-lhe a pápa, adormecê-la. Gosto de tudo excepto das noites de sonos intervalados, aos bochechos e que sabem a pouco. A muito pouco. Ando cansada.

Ontem o Limoneiro olhou para mim e, em tom de brincadeira, disse-me que já perdi o "ar de pita", o ar jovem leve e fresco, como este que tinha nesta fotografia.



Esta foto foi tirada nas férias das Maldivas de há dois anos, no dia em que decidimos casar e planeámos ter um filho. Foi apenas há dois anos. Foi só o tempo de casar, "ir aos treinos" para engravidar, ficar grávida e ter a Maria. E eu sinto-me a léguas da frescura desta foto! A léguas.

Recordo-me que após ter tido a Smartieteen, com 25 anos, também passei por um período semelhante em que precisava urgentemente de voltar a reconhecer a pessoa que olhava nos espelho todos os dias de manhã. O reencontro comigo mesma nessa altura foi rápido. Assim que regressei ao trabalho, decidi dar-me tempo para cuidar de mim, para me pôr nos trinques. Mas desta vez acho que vai dar mais trabalho, e a paciência já não é a mesma. Ficar grávida aos 42 não é o mesmo que engravidar aos 25. 

Quem me conhece sabe o quanto adoro stilettos. Tenho um armário cheio deles. Hoje em dia não me apetece calçar nenhuns. Estão lá parados, como se estivessem a fazer montra de uma loja. Hoje em dia só estou bem de ténis. Sorte a minha que por acaso até estão na moda!

Devia fazer dieta e voltar a comer sopa ao pequeno-almoço, como fazia antes de engravidar, cortar nos hidratos de carbono e forçar-me a beber dois litros de água por dia, mas só me apetece comer porcarias.

Provavelmente nunca mais voltarei às Maldivas (esse tipo de viagens a dois vai ter de ficar em standby por uns tempos), mas gostava imenso de recuperar o ar fresco e cheio de energia do tempo em que lá estive. Só não sei quando é que vou ter pachorra para começar!



#limonadadavida #posparto #marialimão #sermae #carolinapatrocinio #step #ginásio #gravidaaos42 #maldivas

Sigam-me no Instagram @Limonadadavida, no Youtube aqui e no Facebook aqui.



quinta-feira, novembro 08, 2018

"Good things come to those who wait

"Good things come to those who wait".
Alguma vez pensaram no que o nosso pulso e os acessórios que lhes colocamos (ou a falta deles) dizem acerca de nós?
Eis o meu pulso.
Uma destas pulseiras foi-me colocada por um monge budista aquando da minha visita à Tailândia. Três nós para três desejos, abençoados por uma lenga-lenga proferida pelo monge que obviamente não entendi. Supostamente os desejos realiza-se-iam quando a fita rompesse. Ao fim de 4 anos a fita, apesar de fininha e aparentemente frágil ainda cá está. Apesar de velha e encardida, nem no dia do meu casamento a tirei. Se bem me lembro falta concretizar apenas um dos desejos,  mas é um pedido especial para uma sobrinha muito especial, pelo que se não cair sozinha eu jamais a tirarei. 
A outra pulseira veio comigo de Fátima no fim de semana passado, como lembrança de uma promessa que finalmente cumpri ao fim de mais de dez anos, como lembrança das preces que fiz junto da Capelinha das Aparições, como lembrança do tanto que tenho a agradecer pelo que a vida (e o meu atrevimento) me trouxe. 
Ambas pulseiras com imenso significado, ambas com desejos de muita saúde e sorte para familiares e amigos. 
Para alguns o meu pulso pode ser considerado uma contradição ou até uma heresia. Budismo e Catolicismo lado a lado num misto de fé altamente improvável, poderão dizer-me. Pouco me importa qual das duas religiões me vai dar ouvidos e atender às minhas preces. As duas?  Provavelmente nenhuma, se pensar com a razão em vez do coração. O que importa é manter a esperança e ter fé de que tudo é possível, venha ela de onde vier, começando sempre por termos fé em nós próprios! É meio caminho andado. #limonadadavida  


Sigam-me no Instagram @Limonadadavida, no Youtube aqui e no Facebook aqui.