quinta-feira, agosto 23, 2018

Diz que ao segundo filho isto custa menos....

Supostamente ao segundo filho isto custa menos. Pelo menos é o que dizem. Não foi o caso. Hoje foi dia de vacinas. Duas injectáveis ( uma em cada perna) e outra bebível que dizem que dá diarreias horríveis. Custou-lhe muito, coitadinha. Mas a mim também. Não estava a contar. Chorei baba e ranho enquanto a abraçava no meu colo e lhe dizia que tudo iria correr bem. A ver vamos como correm as próximas 48 horas. #marialimao #sermae #vacinas 



segunda-feira, agosto 20, 2018

"Ai ele é um óptimo pai, dá tudo aos filhos!"

"Ele é um óptimo pai, dá tudo aos filhos!"

Não sei se é o vosso caso, mas volta e meia ouço esta expressão e tenho alguma (para não dizer muita) dificuldade em aceitá-la. 

Se por dar tudo o locutor se refere ao amor, à paciência, à atenção dada aos filhos e ao tempo que lhes dedicamos de corpo e alma, a expressão esta correctíssima. Mas grande parte das pessoas usa esta expressão referindo-se ao que os pais compram aos filhos! E isso meus caros amigos, tenham lá santa paciência,  não é ser bom pai ou mãe.

Neste texto entenda-se por Pai a figura da parentalidade, ambos pai e mãe.

O Bom Pai não é o que paga as despesas ou o que enche o filho de coisas. O bom Pai é o que cria memórias na memória do seu filho.  

O Bom Pai não é o que paga 500€ de colégio esperando que seja lá que ele ganhe educação.  É certo que uma boa escolaridade o prepara melhor para a vida profissional e para a sua independência financeira no futuro, mas a educação, os valores, os princípios, as memórias, as brincadeiras, o saber rir, em conjunto, é feito em casa, pelos pais. 

O Bom Pai, tão pouco é o que paga a empregados para entreter o seu filho, porque ele próprio não tem pachorra para o fazer. O Bom Pai leva o filho ao parque e desce no escorrega com ele. O Bom Pai é o que está desejoso de o levar à praia e fazer com ele piscinas na areia. É o que não se importa de se sujar para regozijo do seu filho. É o que larga o que está a fazer pois chegou a hora de lhe dar banho. É o que se senta no chão ao seu lado fazendo sons ridículos só para o ouvir a palrar. Sim, o Bom Pai não se importa de parecer ridículo.  É o que se coloca de gatas ensinando-o a gatinhar, é o que o incentiva a andar, correr e jogar à bola, é o que vai com ele andar de bicicleta e o leva ao futebol.

O Bom Pai é o que está presente nas vivências do seu filho e lhe proporciona experiências, não o que compra as suas ausências.

E isto independentemente de serem "pais a tempo inteiro" ou pais que têm dias específicos para estar com os filhos pelas circunstâncias de um divórcio. Os pais divorciados, apesar de não proporcionarem uma vida familiar comum aos seus filhos, podem, devem e conseguem tal como todos os pais se assim o entenderem e se esforçarem, acompanhar o seu filho de perto, vivendo ao seu lado experiências inolvidáveis no dia a dia, estando muitas vezes mais próximos das suas crianças nos dias em que estão com eles do que alguns "pais a tempo inteiro".

Não é por se estar todos os dias com eles que os fazemos felizes, principalmente se nós não formos felizes. A separação de um casal é uma decisão muito complicada, sendo que a parte mais dolorosa é saber que os nossos filhos não estarão connosco todos os dias das suas vidas, mas é exactamente por isso que é importantíssimo aproveitá-los ao máximo nos dias em que eles estão connosco. Antes uma boa separação do que um mau casamento. Antes eles terem duas famílias que os amam, do que assistirem diariamente a faltas de respeito graves e constantes entre os pais.

Das viagens aos concertos e teatros, dos passeios de fim de semana ao acompanhamento escolar, há tanto por fazer por um filho que pagar-lhe as despesas é só o mínimo e obrigatório. "Comprá-lo" com prendas, isso qualquer um faz, dependendo dos seus rendimentos. Não se é um excelente pai porque se ofereceu um carro topo de gama assim que o chavalo tira a carta. Isso é tão fácil. O dinheiro compra. 

O difícil é criar-lhes memórias, saber ouvi-los, ver com eles um filme juntos no sofá (mesmo que já sejam crescidos), saber de cor a letra da sua música preferida, e porque não, terem uma música em comum. 

O difícil é conhecer os seus gostos nas diversas fases do seu desenvolvimento: saber quem é o seu actor preferido, qual a cor que mais gostam de vestir, como gostam de ser acordados, o que os faz rir, o que os faz chorar, saber exactamente a prenda que gostariam de receber. 

O difícil é não escolher por eles o caminho que devem seguir e aprender que temos de os deixar caminhar pelo próprio pé. O Bom Pai não é o que insinua as suas escolhas como sendo as melhores para o filho, e lhe tolda o pensamento e condiciona as decisões enquanto diz "tu podes fazer o que quiseres, mas criei isto para ti ".  O Bom Pai é o que mostra oportunidades que permitem a liberdade de escolha. Abre portas, apresenta cenários e diz "tu podes ser o que quiseres. O céu é o limite!" Amar é saber deixar ir mesmo que estejamos a morrer de saudades.

O difícil é demonstrarmo-nos atentos e interessados em tudo o que fazem. Não lhes dar esse apoio, a isso chama-se abandono, mesmo que se esteja com os filhos todos os dias do ano.

Qualidade, e não quantidade! Até porque a parentalidade não é apenas um estado ou uma condição, é suposto ser uma escolha e uma vontade consciente. Há que ter filhos por gosto.

















quinta-feira, agosto 16, 2018

A falta que um telemovel faz

Esta tarde saímos para ir às compras. 
Entre o põe cadeira, tira cadeira do carro, a mala de mão, o saco das fraldas, o carrinho, etc., há sempre a sensação que falta alguma coisa. E hoje foi um desses dias, mas sem saber o que me faltava segui para o hipermercado. 
Fiz as compras e já na fase do pagamento abri a mala e dei por falta do telemóvel na bolsa habitual. Procurei por todo o lado e nada. Lembrava-me de o ter guardado no bolso do vestido. Teria sido roubado? A última vez que lhe tinha mexido tinha sido no carro pelo que haveria uma réstia de esperança que tivesse ficado por lá caído. Não descansei enquanto não me vi de volta ao estacionamento. 
A caminho do carro, não era o dinheirão que iria ter de gastar num telemóvel novo que me preocupava. Tão pouco era ter perdido os e-mails e os contactos de todos os meus amigos. Não pensei na falta de acesso às redes sociais nem ao blogue. O meu pânico era ter perdido todas as fotografias e vídeos da Maria que fiz diariamente, desde que ela nasceu, e que eu não transferi para o computador. O nascimento, os primeiros sorrisos, as tentativas de palrar, as brincadeiras no banho, a troca de olhares durante as mamadas, as saídas à rua. Memórias destes dois meses que já não se repetem. Memórias que não têm preço tal é o valor imenso delas. 
O meu alívio ao chegar ao carro e encontrar o telemóvel intacto é inexplicável. 
Escusado será dizer que as fotografias e vídeos já se encontram todas no computador. 

segunda-feira, agosto 13, 2018

2 meses de ti, Maria!

2 meses de ti, Maria!

2 meses em que não sei o que é dormir mais do que duas horas seguidas, mas são 2 meses em que presencio todos os teus banhos, vigio todos os teus sonos, em que te alimento em cada mamada, em que te crio novos hábitos e descubro os teus gostos,  como em que posição gostas de dormir, em que parte do dia estás mais bem disposta e sorridente.

2 meses de muito mimo, muito colo, muitos beijos e alguma ansiedade por não saber se estou a fazer tudo bem. Já não sou mãe de primeira viagem, mas a responsabilidade de ter um ser humano a depender de mim para tudo continua a pesar e o receio de não conseguir dar conta do recado persiste.

Estou branca com a cal em pleno agosto, estou cansada, precisaria de dormir 24 horas seguidas para recuperar desta privação de sono, sinto falta das minhas rotinas e tenho saudades dos serões a dois com o teu pai, mas não te trocaria por nada deste mundo, minha fofura! 

#2meses #marialimao #limonadadavida #sermae


sábado, agosto 04, 2018

Semana mundial do aleitamento materno

Desde que sonhei tê-la que quero o melhor para ela.
Desde a sua primeira hora de vida que amamento a Maria, na esperança de lhe dar o melhor de mim.
Até quando? Não sei, enquanto o corpo quiser e a vida o permitir.
Não sou fundamentalista ao ponto de achar que temos obrigatoriamente de amamentar e durante uma eternidade. Apesar da saúde do bebé ser prioritária, o aleitamento materno tem de ser uma experiência boa para ambos. No mínimo, tem de ser bom para o bebé e suportável para a mãe. Sim, porque isto de amamentar é um acto natural e maravilhoso, principalmente quando eles fixam o seu olhar doce no nosso. Mas, amamentar também é sofrimento . É ter dores horríveis nos mamilos nos primeiros dias, é disponibilizar o peito de duas em duas horas quer seja dia ou noite durante meses a fio, é a sensação de que o peito vai rebentar antes da próxima mamada, mastites e cenas que tais, horas a fio a extrair leite com a bomba, etc. Amamentar implica aprendizagem e treino, implica muita paciência e sorte.
Qual o limite? Isso depende de cada mãe. Não somos todas iguais. 
Há as que dão de mamar com as lágrimas a escorrer-lhes pelo rosto e mesmo assim persistem, e para essas vai a minha solidariedade.
Há as que querem amamentar e não conseguem, e para essas vai a minha compaixão.
Há as que não estão disponíveis para tanto sofrimento, e para essas vai a minha compreensão.
Se a amamentação é importante para a saúde do bebé, a saúde mental da mãe é igualmente relevante.
Poderem ambos, bebé e mãe, desfrutar de momentos prazerosos durante a amamentação é uma dádiva! E na verdade, a mama não precisa de ser esterilizada, está sempre pronta com o leite à temperatura ideal, e tem a embalagem mais bonita do mundo.
(Semana mundial do aleitamento materno de 1 a 7 de Agosto)
#amamentacao #breastfeeding #sermae #limonadadavida #omelhordemim #marialimao