terça-feira, novembro 20, 2018

Aquela fase estranha do pós-parto

Sabem aquela fase dos miúdos em que ficam meio feiosos? Aquela fase em que já não são fofos como eram em bebés, mas também ainda não são crescidos? Aquele período de transição em que andam cheios de borbulhas, o cabelo fica mais espesso e estranho e eles ficam esquisitos, sabem? É aquela idade em que até os pais sabem que os filhos não estão lá muito bonitos, mas continuam a achar que são adoráveis porque "quem feio ama bonito lhe parece".


Ora, as récem-mamãs passam por uma fase semelhante nos primeiros meses após o parto. Só não digo todas as recém-mamãs porque a Carolina Patrocínio existe exactamente para me provar o contrário, mas quase todas. Ou então sou só eu que me sinto assim, feiosa. 

Para além destes 5 quilos a mais que ainda não consegui perder, estou magríssima de cara , com um rabo gigantesco e um barriga semelhante à que tinha quando estava grávida de 4 meses. Tenho olheiras do tamanho de um comboio, a pele seca e cheia de rugas e o cabelo a cair que nem flocos de neve no topo dos Himalayas. 

Uma pessoa bem tenta sair de casa maquilhada, de cabelo lavado e arranjado (deus sabe a ginástica que tenho de fazer para ter tempo de tomar banho e lavar o cabelo), uma pessoa tenta massagens drenantes e tratamentos anti-queda do cabelo, etc, mas nesta fase nada brilha. Nada me serve. Estou latagona. Tenho a sensação que necessitava de um guarda-roupa novo no mínimo dois tamanhos acima daquele que tenho. 

A privação de sono tem sido uma autêntica tortura. Suga-me a energia toda. Há dias em que não tenho forças, nem cabeça, nem vontade de ir treinar. E só Deus sabe o quanto eu adoro o meu Step. É o meu escape desde há 14 anos a esta parte. É no Step que alivio o stress, que esqueço as preocupações, que tenho tempo para mim, em que me escolho. Mas a falta de descanso priva-me de tudo isso.

Adoro cuidar da Maria. Adoro estar com ela, dar-lhe banho, dar-lhe a pápa, adormecê-la. Gosto de tudo excepto das noites de sonos intervalados, aos bochechos e que sabem a pouco. A muito pouco. Ando cansada.

Ontem o Limoneiro olhou para mim e, em tom de brincadeira, disse-me que já perdi o "ar de pita", o ar jovem leve e fresco, como este que tinha nesta fotografia.



Esta foto foi tirada nas férias das Maldivas de há dois anos, no dia em que decidimos casar e planeámos ter um filho. Foi apenas há dois anos. Foi só o tempo de casar, "ir aos treinos" para engravidar, ficar grávida e ter a Maria. E eu sinto-me a léguas da frescura desta foto! A léguas.

Recordo-me que após ter tido a Smartieteen, com 25 anos, também passei por um período semelhante em que precisava urgentemente de voltar a reconhecer a pessoa que olhava nos espelho todos os dias de manhã. O reencontro comigo mesma nessa altura foi rápido. Assim que regressei ao trabalho, decidi dar-me tempo para cuidar de mim, para me pôr nos trinques. Mas desta vez acho que vai dar mais trabalho, e a paciência já não é a mesma. Ficar grávida aos 42 não é o mesmo que engravidar aos 25. 

Quem me conhece sabe o quanto adoro stilettos. Tenho um armário cheio deles. Hoje em dia não me apetece calçar nenhuns. Estão lá parados, como se estivessem a fazer montra de uma loja. Hoje em dia só estou bem de ténis. Sorte a minha que por acaso até estão na moda!

Devia fazer dieta e voltar a comer sopa ao pequeno-almoço, como fazia antes de engravidar, cortar nos hidratos de carbono e forçar-me a beber dois litros de água por dia, mas só me apetece comer porcarias.

Provavelmente nunca mais voltarei às Maldivas (esse tipo de viagens a dois vai ter de ficar em standby por uns tempos), mas gostava imenso de recuperar o ar fresco e cheio de energia do tempo em que lá estive. Só não sei quando é que vou ter pachorra para começar!



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