Ando há uns dias a evitar vir ao blog, a fugir com o rabo à
seringa, às voltas sem saber como abordar o tema sem vos chocar.
Virei-me para o tricot! Pronto, já está.... É o meu novo
Guilty Pleasure, mas a culpa não foi minha, a culpa é da pré-adolescente lá de
casa que, mal acaba de estudar, me inferniza o juízo queixando-se que não tem
nada para fazer, usando esse argumento como desculpa para ficar a viciar no
telemóvel e no tablet.
Um dia destes, depois de lhe sugerir ler um livro, ver um
filme, ir dar uns toques na guitarra, whatever e a resposta ser “não me apetece
fazer nada disso”, disse-lhe como quem não
quer a coisa e em desespero, “se quiseres posso ensinar-te a fazer tricot. Quando
tinha a tua idade a tua avó ensinou-me, e ainda fiz umas coisas engraçadas”.
E não é que a miúda achou piada à ideia?
No dia seguinte, fui a casa da minha mãe procurar agulhas e restos de novelo para a pequena.
Qual não é o meu espanto quando encontro um cachecol, a minha obra de arte iniciada há mais de ..... wtf....20 anos, e ainda inacabada, qual capela da Sagrada Família. Que desperdício! Era agora ou nunca. Decidi terminá-lo!
No dia seguinte, fui a casa da minha mãe procurar agulhas e restos de novelo para a pequena.
Qual não é o meu espanto quando encontro um cachecol, a minha obra de arte iniciada há mais de ..... wtf....20 anos, e ainda inacabada, qual capela da Sagrada Família. Que desperdício! Era agora ou nunca. Decidi terminá-lo!
Entreguei-me de tal forma, que dou
comigo a desejar o final do dia para voltar ao meu projecto. Os três livros que andava a ler congelaram em
cima da mesa de cabeceira, e já nem me lembro em que canais da box são os TV
Cines.
Este fim-de-semana, por exemplo, só parei para comer, dormir, fazer aquilo que ninguém pode fazer por nós (sim, as princesas também o fazem) e obviamente para ver os meus papoilas saltitantes pelos campos a vibrar e a dar 4-3 às lagartixas.
Já terminei a minha Sagrada Família, vou a meio duma réplica do Taj Mahal, e já tou de olhos postos numa espécie de Muralha da China.
Este fim-de-semana, por exemplo, só parei para comer, dormir, fazer aquilo que ninguém pode fazer por nós (sim, as princesas também o fazem) e obviamente para ver os meus papoilas saltitantes pelos campos a vibrar e a dar 4-3 às lagartixas.
Já terminei a minha Sagrada Família, vou a meio duma réplica do Taj Mahal, e já tou de olhos postos numa espécie de Muralha da China.
Cá está:
Eh pá, é que esta cena é extremamente
relaxante, muitas vezes dou por mim estou a viajar na maionese.
E depois, é tipo Tampax, dá para
fazer “quase tudo” : ouvir o último podcast do “Tubo de Ensaio”, ligar o YouTube e relembrar a actuação dos U2 no Live Aid de 1985, “ver”
televisão, etc.
Ok, confesso que voltei a colocar o último álbum dos
Moonspell no leitor de CD do carro. Não vá o diabo tecê-las e eu começar a
convidar o pessoal para ir lá a casa tomar o chá das 5h ou para alguma reunião
de tupperware. Se me virem chegar a esse ponto, tirem-me do vício, ok?
Ah sim, e a "piquena" lá
começou o seu 1º cachecol. A ver se não demora 20 anos....