As relações humanas são sem
dúvida a coisa mais complexa do mundo. Pior que física quântica!
Aproximamo-nos e afastamo-nos de alguém, muitas vezes sem saber o porquê. Por vezes existe afastamento
voluntário quando alguém nos magoa, doutras vezes é inconsciente e quando damos
por isso já não é a mesma coisa.
Porque nós mudámos? Porque o outro mudou? Porque ambos somos os mesmos, mas interveio inesperadamente uma terceira pessoa que envenenou a relação? Porque as circunstâncias mudaram? Porque mudou o círculo de amigos? Porque já não olhamos para a pessoa com os mesmos olhos? Existem “infinitos mil” de razões.
Por vezes continuamos a amar a pessoa, à nossa maneira, mas já nada será como dantes. E não me refiro simplesmente às relações entre casais, mas a todas as relações de amor em qualquer dos formatos ou cores com que somos presenteados durante esta nossa caminhada. Somos marionetas de uma peça de teatro maior do que a nossa vida, porque penetrante na vida dos outros e impossível de se circunscrever ao nosso princípio, meio e fim. O que hoje é, amanhã já não é. E curiosamente o maldito tempo não perdoa, mas segundo dizem, tudo cura. Dizem.....
Porque nós mudámos? Porque o outro mudou? Porque ambos somos os mesmos, mas interveio inesperadamente uma terceira pessoa que envenenou a relação? Porque as circunstâncias mudaram? Porque mudou o círculo de amigos? Porque já não olhamos para a pessoa com os mesmos olhos? Existem “infinitos mil” de razões.
Por vezes continuamos a amar a pessoa, à nossa maneira, mas já nada será como dantes. E não me refiro simplesmente às relações entre casais, mas a todas as relações de amor em qualquer dos formatos ou cores com que somos presenteados durante esta nossa caminhada. Somos marionetas de uma peça de teatro maior do que a nossa vida, porque penetrante na vida dos outros e impossível de se circunscrever ao nosso princípio, meio e fim. O que hoje é, amanhã já não é. E curiosamente o maldito tempo não perdoa, mas segundo dizem, tudo cura. Dizem.....
Quem não conhece a angústia raivosa de ter de deixar de falar a alguém que um dia entitulámos de “melhor amigo” ?
Há quem diga que não está nem aí, que essa pessoa faz falta como a fome. Mas será assim tão fácil?
Confesso que preciso de uma força estóica, algumas horas de solidão, uns quantos cigarros e muito anos decorridos para esquecer quem já gostei, mesmo quando esse alguém me desilude em grande. Gostaria de ter esse controlo e não permitir que quem fez parte da minha vida, deixe de fazer.
Um rewind de vez em quando para mudar o final de uma amizade mal acabada permitia com certeza que fizéssemos as coisas de outra forma. Situações que nos aparecem aos 15 anos não as resolveríamos com a mesma inocência ou leviandade se fossemos confrontados com elas apenas aos 30 ou aos 50. Haveria maturidade para aceitar uns quantos pedidos de desculpa e para fazer outros tantos. Ou talvez não!
Naquele programa do Daniel Oliveira, na parte do “deve um pedido de desculpas a alguém?” ou “alguém lhe
deve um pedido de desculpas?” estou convicta de que ninguém poderá responder
sinceramente a ambas perguntas com um simples NÃO. Não me lixem, ninguém é
assim tão perfeito. Até Cristo, que alegadamente nunca pecou, precisou de pedir
perdão. Pode é
já não haver vontade de reatar a amizade (até porque dá muito
trabalho) e acabar por se preferir abdicar dessa pessoa do que engolir o
orgulho e tentar resolver as coisas a bem.
E assumo desde já a minha quota-parte
de culpa. Também já tive a incapacidade de voltar atrás e tentar resolver as
coisas de outra forma, também já bati com a porta e excluí definitivamente da
minha vida pessoas que faziam parte do meu mundo mais primitivo e intrínseco!
Mas fica-me sempre um sabor agridoce! Circunda-me o cérebro, e por vezes inunda-me o coração em forma de remorso, aquela ideia de que poderia ter havido outro desfecho que não a ruptura definitiva, abrupta e involuntária. E isso irrita-me profundamente!
Tal qual uma crise hemorroidária que aparece sem como nem porquê e nos dói que se farta, para depois desaparecer por uns tempos, deixar de se sentir e de doer, mas que vai na volta torna a aparecer e nós pensamos “mau, já cá estás outra vez? O que foi que eu fiz agora?”. Tal como a chata e dolorosa hemorróida, o remorso está sempre lá, vive sempre connosco, só deixa de doer por uns tempos, mais nada.
Pior ainda, quando a crise está no seu apogeu, convenço-me de que um dia tudo se há-de resolver. É quando entra o meu lado mais cinéfilo e acabo a sonhar com um happy-ending ao bom estilo americano:
Mas fica-me sempre um sabor agridoce! Circunda-me o cérebro, e por vezes inunda-me o coração em forma de remorso, aquela ideia de que poderia ter havido outro desfecho que não a ruptura definitiva, abrupta e involuntária. E isso irrita-me profundamente!
Tal qual uma crise hemorroidária que aparece sem como nem porquê e nos dói que se farta, para depois desaparecer por uns tempos, deixar de se sentir e de doer, mas que vai na volta torna a aparecer e nós pensamos “mau, já cá estás outra vez? O que foi que eu fiz agora?”. Tal como a chata e dolorosa hemorróida, o remorso está sempre lá, vive sempre connosco, só deixa de doer por uns tempos, mais nada.
Pior ainda, quando a crise está no seu apogeu, convenço-me de que um dia tudo se há-de resolver. É quando entra o meu lado mais cinéfilo e acabo a sonhar com um happy-ending ao bom estilo americano:
- “Sai um comovente pedido de
desculpas e um “foram amigos para sempre” para a menina
baixinha e roliça ali do canto, ó faxavor!”
Aí fico irritada ao ponto de me
apetecer dar um estalo a mim mesma, ou de
olhar para o espelho e dizer para o meu alter-ego-pseudo-racional “És mesma parva!
Borrifa-te nisso pá, o que não falta pr’ai é gente que te estima e merece a tua
atenção”. Mas a filha da mãe da hemorróida, vai
na volta e está cá outra vez! Dasse....
Adorei!
ResponderEliminarNão estás sozinha nestas crises hemorroidárias ;-)
Continua, adorei ler todos os posts e não foi preciso paciência, li com gosto <3
beijosssss
<3 thanks
ResponderEliminarmuito bom! <3
ResponderEliminarTal e qual :))
ResponderEliminar