terça-feira, junho 02, 2015

Conta Lá tu o Fim (actualização)

Na semana passada foi a estreia do "Conta Lá tu o Fim", lançando-vos o desafio de serem vocês a contar o final de um texto iniciado pela Limonada, e um dos resultados foi este drama digno de uma novela da TVI.

Tudo começou com o texto da Limonada:

“ No seu quarto Joana angustiava,
 – como é possível? Ainda há 2 semanas experimentei o vestido e estava tudo bem! Isto tem de resultar, vou experimentar o corpete que o Francisco me ofereceu no dia dos namorados. Se eu apertar estas banhas o vestido servirá na certa! Oh não! O fecho não passa daqui e o casamento é daqui a duas horas. Mãe! Mãe, anda cá, por favor! Preciso da tua ajuda. O vestido não me serve. Maldita dieta do limão!
(chega a mãe)
 - Então, ainda não te maquilhaste?
- Mãe, por favor, não me pressiones mais ainda! Preciso de caber dentro deste vestido, dê por onde der! Liga à tua costureira Maria, e ela que venha cá em dois passos.
(chega a costureira)
- Ó menina Joana, isto não tem solução, eu não tenho tecido para lhe fazer o acrescento. Essa barriga está enorme, o fecho não passa da cintura. Tem a certeza de que não estará grávida?".


e a autora do Para além da paisagem continuou:

“Não, não podia ser” – pensava Joana. Decerto que, se dissesse às pessoas naquele quarto,  que tinha feito um voto de castidade até ao casamento, ninguém entenderia. Até Francisco, quando ela lho sugeriu, franziu o sobrolho. Mas ele entendeu, e até se animou com a ideia, enfim, dizendo que assim teriam tempo para se preparar, para se entregarem por completo um ao outro.
Mas Joana não tinha sido fiel. A si mesma, sobretudo. Os pensamentos pecaminosos assolavam-lhe as noites quentes, em que não conseguia dormir. Pensava naquele homem alto, cabelo desalinhado, suor a escorrer do rosto enquanto desbravava minis no café da esquina. Olhava-a quando passava apressada com os preparativos do seu casamento. Ela sentia-se observada…e adorava! À noite, pensava nas suas mãos calejadas e como seria senti-las a percorrer cada centímetro do seu corpo, ávido de prazer.
Para afastar esses pensamentos, Joana abria todos os dias a última gaveta da sua mesa-de-cabeceira e retirava barras de chocolate que devorava como quem devora um comprimido, esperando que faça efeito rápido. Para que a sua mente se acalmasse.
“Teria sido isto que me fez engordar em duas semanas?” – pensou.
“Saiam todas… Deixem-me sozinha, vou caber nesse vestido mas deixem-me tentar sozinha!”
A mãe respeitou, mesmo sem entender. Maria também saiu e foi-se embora, fechando a porta da rua calmamente atrás de si. Suspirou e sentiu-se aliviada. Com certeza que Joana não caberia no vestido. Os dois centímetros que retirara propositadamente ao vestido não o permitiriam. Assim, Maria poderia afagar o cabelo de Francisco mais uma noite. Mais uma noite de castidade em que Francisco se preparava para o casamento com Joana, enrolado nos lençóis de Maria. Duplamente se sentia Maria aliviada, pensando: “ Bem feita, ninguém te mandou invejar o meu homem, quando ele está no café a beber as suas cervejas e te olha de cima abaixo….”

No quarto, Joana desistia. De tudo. Abriu a gaveta e comeu o último chocolate.

depois veio a Cláudia do Atualidades e fez isto:

Já sem esperanças, eis que entra de rompante no seu quarto um homem alto, de cabelo moreno reluzente e com uns olhinhos de bambi prestes a lacrimejar. Joana sentiu que o mundo lhe caía. Não sabia como era possível estar ele ali a uma hora de... muita coisa. 
Ele, sem explicações, beija-a num momento de puro prazer. Irracionais, aquecem-se por entre os lençóis de cetim e as pétalas vermelhas que se confundem com a cor vermelha que sai de Joana. No fundo, o impossível torna-se possível.
Deixa de se sentir só para passar a ser amada, para passar a ir à lua com simples beijos e carícias. Pensa nas saudades que tinha de ter alguém com quem ser a Joana sem explicações. A Joana da insatisfação permanente que não passa e o Tomás que também não queria saber de nada mais. Só dela.
Queria levar a mulher que lhe dava tudo. A mulher que o amava. A mulher a quem ele queria amar, porque extraordinária. 


com a colaboração da Smartieteen chegámos a este drama:

De repente, Francisco entra no quarto com esperanças de que Joana já estivesse dentro do vestido, quando se depara com esta situação. Irritado, sai do quarto batendo com a porta. Joana, sem saber o que fazer, segue o seu instinto e veste uma roupa rápida saindo também do quarto para ir atrás de Francisco. Quando sai do quarto, Joana vê Maria rindo-se abraçando Francisco e vai ao alcance dos mesmos. Tomás, confuso, sai também do quarto para ir ter com Joana. Gera-se assim, uma grande confusão e  confronto entre Joana, Francisco, Maria e Tomás.
Maria mete conversa:
- Achas normal, no dia do teu casamento andares metida com outro?
-Não foi isso que se passou e não tens nada a ver com isso- responde Joana.
-Tenho sim senhora! Primeiro invejas o meu homem e agora é este?
-O quê? De que estás a falar?


E agora? Como será que isto termina? Quem fica com quem?


Já a Maria das Palavras deu um caminho diferente à história inicial:
"O problema é que a miúda enganou-se...Tinha chamado a Maria, sim. Mas a das Palavras em vez da costureira. Por isso é que ela anunciou logo que era impossível arranjar o vestido. Mas precisava tantos dos trocos que não resisitiu a fazer-se passar por habilidosa das agulhas.
- Pronto, menina, venha cá, que eu dou-lhe um jeito a isso.
Tesoura em punho: retalhou e coseu, retalhou e coseu.
No final o vestido servia, mas estava rreconhecível. Um trapo velho.
- Mas tenho a pele toda à mostra! - chorou a Joana.
A pseudo-costureira vendo que nada funcionava, deu-se por vencida:
A Joana ouviu, trocou rapidamente de vestido e desceu, vaidosa, para o casamento.
- Mas que raio lhe disse para ela deixar de se importar?
- O segredo para desorientar todos os homens. Prometo que ele nem se vai lembrar do vestido que lhe deu...


A Joana olhou-se ao espelho escandalizada. A mãe veio espreitar e caiu-lhe o queixo. A Maria corada até à raiz dos cabelos, logo engendrou a desculpa:
- É que isto é a nova moda em Paris, andam todas loucas com este tipo de corte.
Então Maria sacou do smartphone e mostrou-lhe os desfiles de Fátima Lopes em Paris:
- Está a ver, menina? Isto agora é assim que se quer. O último grito.
Mas quem gritou foi a Joana furiosa e a considerar dar um uso diferente à tesoura. Ali na zona da garganta da Maria.
- Estava a brincar! É que esse vestido já não tinha hipótese. E o tecido é de muito má qualidade. O que eu queria era ir consio comprar-lhe um vestido novo?
- Está a brincar, comigo? Este vestido foi o meu namorado que mo ofereceu. O mesmo que daqui a 20 minutos vai estar aí em baixo para me ir buscar. Eu até tenho outros para usar, mas ele vai ficar furioso comigo.
Então a Maria chegou perto dela e disse-lhe algo ao ouvido. 
A mãe perguntou à Maria:


Até ao próximo desafio, ainda vais a tempo de continuar alguma destas sequências, ou criar o teu próprio fim. 
Já convidei o Factos de Treino, a ver se apanho uma voz masculina nisto, vamos lá ver se ele dá o ar da sua graça.
Conta lá tu o Fim!







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