Apesar de já aqui ter comentado a minha viagem à Tailândia e de ter publicado um artigo sobre o assunto na Revista F Magazine, vários têm sido os pedidos de sugestões de passeio pelo país, dicas sobre o que visitar, preços, como chegar, etc, pelo que decidi avançar com este post bastante mais pormenorizado relativamente ao que até aqui tenho falado.
A este post chamo Sugestão de viagem à Tailândia, pois é um país que permite uma infinitude de visitas e passeios. Neste post vou relatar o percurso que fiz, mas não passa disso mesmo, de uma sugestão. Em último caso, aventurem-se, pois foi o que fizémos.
As compras da viagem (Lufthansa), hotéis (Booking), voos internos (site da Bangkok Airways) e excursões (Isango e Bon Voyage) foram feitas em grande parte pela internet antes da partida, ou seja, quando cheguei a Bangkok já tinha os dias contados, já sabia o que ia ver e quando. Num país vasto e rico culturalmente como este, ou se tem muito tempo de viagem (um mês, p.e.), ou para ver tudo o que queremos em 12 dias temos de planear com antecedência.
Como chegar:
Voo Lufthansa com escala em Frankfurt
3 horas de Lisboa a Frankfurt + 12h até Bkk
1º dia
Bangkok - A grande Capital
9.40h – Chegada Suvarnabhumi Airport
Do aeroporto ao hotel fomos de Metro (90
thb= 2.04€) pela linha azul da Suvarnabhumi Airport City Line. Saímos na estação
de Ratchaprarop, para encontrar o Hotel Centre Point Pratunam na Phetburi Road. Até aí foi pacífico. O caos foi conseguir encontrar o hotel no meio de trânsito
intenso, passeios repletos de vendedores de roupa e comida, ruelas sem saída, etc. No mapa parecia fácil, mas de facto não foi. Talvez para outros hotéis as circunstâncias sejam outras, mas para este recomendo vivamente que a deslocação hotel-aeroporto seja feita de táxi.
Chegados ao hotel, o check-in era só às duas da tarde, pelo que tivémos de aguardar. O quarto era bom, com um óptimo pequeno almoço ( o mais internacional de todos os hotéis em que ficámos na Tailândia) e com uma vista muito gira sobre a loucura que é a cidade de Bangkok.
Como ainda não conhecíamos a cidade, o primeiro almoço foi no Macdonalds mais próximo. Preço da refeição para duas pessoas 298 thb= 6.75€, só para terem a noção como tudo é muito mais barato do que em Portugal.
De Tarde : Templos de Bangkok
Da parte da tarde, depois de arrumarmos as malas no quarto, decidimos pôr pés a caminho para visitar o Wat Pho e o Wat Arun, locais referenciados como pontos a não perder.
Do hotel ao Wat Pho fomos de Tuk Tuk (cerca de 200 thb= 4.53€). Não esquecer que é possível regatear os preços, se tiverem espírito para tal. Língua do desenrascanço: inglês.
O Wat Pho ou Templo do Buda Reclinado, é o berço da massagem tailandesa tradicional, cuja principal atracção é um buda gigante deitado com cerca de 40 metros. Junto ao Buda Reclinado estão potes de metal onde se
colocam moedas para dar sorte. Aconselho algum cuidado com as roupas (nada de calções ou camisolas de alças ou ombros
descobertos). As senhoras devem a andar com um lenço na mochila, pois nunca se sabe quando fará falta. Como em todos os templos tailandeses, é obrigatório descalçar
antes de entrar.
Preço Entradas no Wat Pho - 200 thb = 4.53€ (o bilhete dá entrada a uma garrafa de água, tal é o calor).
À saída do Wat Pho passámos pelo Grande Palácio, mas não conseguimos visitar pois fechava cedo (às 15.30h). É sempre importante saber os horários dos locais que vamos visitar, para evitar estas situações.
Partímos para a visita ao Wat Arun. Para tal, basta uma travessia de barco pelo rio Chao Phraya (custo da travessia 6 thb=0.13€). O Wat Arun, Temple of Dawn ou templo
do amanhecer, exactamente do lado oposto ao Templo do Buda Reclinado, tem uma vista
fantástica sobre o rio e a cidade. É importante subir as escadas íngremes e estreitas para ter percepção dessas vistas. Este
templo é a representação do Mount Meru, o centro do mundo na cosmologia
budista. Simultaneamente representa o centro do universo e o estado de concentração
absoluta que os seguidores do budismo pretendem atingir.
As 4 torres com deuses guardiões apontam nas 4 direcções da rosa-dos-ventos.
Apesar de termos muita curiosidade relativamente à iguarias de rua, não arriscámos. Há quem diga que não comer nas ruas de Bangkok é o mesmo que nunca lá ter ido, mas preferimos manter-nos saudáveis o resto da viagem. Assim sendo, o jantar foi num restaurante no shopping perto do hotel.
(Preço da refeição para duas pessoas : 760thb=17.23€)
(Preço da refeição para duas pessoas : 760thb=17.23€)
2º
dia Bangkok - Mercado Flutuante
O dia começou bem cedo, pois tínhamos tour reservado com pick-up no hotel às 06.30h.
A reserva do tour foi feita através do site isango, e contemplava a ida ao Mercado Flutuante, à vila dos elefantes, ao Tiger Temple, e à ponte sobre o rio Kwai (com almoço incluído).
Mercado flutuante: Apesar de já muito
voltado para o turismo, não deixa de ser um ponto imperdível em Bangkok, pois o mercado é nos canais do rio. Fizémos algumas compras bem interessantes, pois dá para regatear com os comerciantes.
Atenção que só o passeio de barco até ao mercado flutante é que está
incluído na excursão. Tivemos de pagar mais 300thb=6.80€ para andar no barco dentro do mercado e para fazer as compras.
Vila dos Elefantes: Pagámos 1300thb=29.47€ para andar de elefante. Nota: Depois de chegar a Portugal tomei conhecimento que estes animais não são muito bem tratados, pois são tipo animais de circo, pelo que se fosse hoje provavelmente não teria andado.
Tiger Temple: um santuário animalista na província de Kanchanaburi,
numa área adjacente a Myanmar. Reza a história que os caçadores furtivos faziam fortunas a caçar
tigres, pelo que este santário tem como principal objectivo proteger os animais e permitir-lhes viver num
habitat semelhante ao seu habitat natural, junto com os monges. Foi sem dúvida uma experiência única, pois confratenizámos com os tigres de perto, mexendo-lhes, acariciando-os como se de gatos se tratassem.
(nota: aconselha-se que no modo de vestir se evitem peças com cores fortes ou brilhantes. Dar primazia a cores claras e evitar o uso de pulseiras, fios, etc).
Ponte sobre o Rio Kwai: Depois do almoço, fomos à mítica ponte da 2ª guerra mundial. O guia deu-nos algumas informações sobre a construção da ponte e das pessoas que morreram
durante a sua construção. No final ainda tivémos tempo para algumas fotos.
3ª
dia Bangkok - Ayutthaya
O dia começa novamente às 6.30h, para um tour pela antiga capital da Tailândia (Ayutthaya) e cruzeiro de regresso a Bangkok com almoço a bordo.
(por ambos tours, mercado flutuante e Ayuthhaya, pela isango pagámos 180.39€)
O Parque Nacional de Ayutthaya foi declarado
património da humanidade pela Unesco em 1991.
O passeio incluiu visita ao Bang Pa – In Palace ( ou Summer Palace) onde os monarcas tailandeses recebem os representantes oficiais de outros países.
As ruínas da cidade antiga – Wat Phra Mahathat.
Para além disso, visitámos um templo onde orámos junto de um monge. Foi-nos dito que podíamos rezar e fazer um pedido/desejo, e no final recebemos uma pulseira oferecida pelo monge.
Visita a outro buda reclinado – wat lokayasutharam e outros dois templos.
Almoço-buffet a bordo de um cruzeiro de volta a Bangkok pelo Chao Phraya River.
No regresso a Bangkok, e já por nossa conta, decidimos visitar a tão famosa Khao San Road, pelo que fomos de barco até à estação mais próxima desse local. (30thb = cerca de 0.70€ por 2 pessoas). A Khao san road é uma das ruas mais movimentadas de Bangkok, com imenso comércio de rua, restaurantes e hostels. Bom para compras baratas.
Ao final do dia decidimos ir conhecer a zona do Patpong (zona da prostituição). Não é propriamente das zonas mais agradáveis, pois tudo é explícito e sem rodeios, mas apesar de tudo, não considero uma zona perigosa.
4º
dia - De Bangkok para Chiang Mai (norte do país)
Do hotel até ao aeroporto fomos de taxi, e pagámos 400thb, cerca de 10 euros.
Nota: o aeroporto tem wi-fi gratuito.
A viagem de avião de Bangkok até Chiang Mai foi feita pela Bangkok Airways. Os voos são baratos e a companhia aérea é excelente. Todos os passageiros têm direito ao lounge da companhia com bolos, sumos, cafés, televisão e wi-fi gratuitos. Nunca voei na Emirates ou na Qatar, mas achei o pessoal da Bangkok Airways de uma simpatia sem
igual.
Na chegada a Chiang Mai ficámos alojados no Hotel Imperial Mae Ping, junto ao Night Bazar. A deslocação de taxi até ao hotel foi de 120thb, 2.94€ por este preço vale imenso a pena andar de taxi. O hotel é muito central, mas com quartos antigos (principalmente os sanitários). A localização é óptima perto
do Night bazaar, mas o pequeno-almoço é muito pouco internacional. É muito à base dos vegetais tradicionais da cozinha tailandesa. Até para mim, que como sopa ao pequeno-almoço, foi estranho.
Depois do check-in andámos pela cidade a pé. A cidade é muito agradável, nada comparável à confusão de Bangkok.
A visitar em Chiang Mai:
- Thapae
gate. Chiang Mae é uma cidade dentro de muralhas com várias entradas. Esta entrada é provavelmente a mais conhecida e fotografada.
- Chedi Luang - Templo budista
No templo Phra Sing encontrámos um senhor que nos
ofereceu serviço de tour privado pela cidade. No início desconfiamos daquela abordagem, mas o sr. Yut mostrou-nos um caderno
de recomendações no qual pessoas de diferentes nacionalidades afirmavam ter
recorrido aos seus serviços e terem ficado bastante agradados. Todos
recomendavam fortemente o passeio com Yut. Após alguma renitência, acabámos por
aceitar.
Por 200thb (4.53€), o Sr.Yut levou-nos ao Wat suan dok e ao Wat
ched yod. Depois dos templos levou-nos a uma fábrica de sombrinhas, à fábrica da
seda, à fábrica de artesanato e de jóias preciosas. Houve uma altura em que sentimos que nos
levava a sítios onde ganharia comissão se comprássemos alguma coisa. No final ao dizermos que não queríamos fazer mais compras pediu-nos que visitássemos um
ultimo local, por forma a que recebesse um cupão de gasolina. Cada um faz pela vida como pode, e o Sr. Yut ganha a vida encaminhando turistas. Apesar disso, foi
um passeio interessante. De outra forma dificilmente teríamos conhecido tanto de Chiang Mai.
De volta ao hotel, e depois de um mergulho na piscina, fomos jantar e passear pelo Night Bazaar, uma feira de rua, com muita falsificação à venda e comida de rua.
Depois do jantar assistimos a um combate de Muay Thai, o tradicional boxe tailandês, desporto nacional por excelência. (Preço :800thb=18.15€ duas pessoas. Em Bangkok é possível que seja mais caro do que em Chiang Mai)
5º
dia – Tour a Chiang Rai e Golden triangle
Tour comprado no site da Bon Voyage
-White temple – Wat Rong Khun – templo do artista Chalermchai Kositpipat, dedicado ao rei Rama IX. Ponto alto desta paragem, a maravilhosa Golden Toilet. Melhor descrito e explicado neste post aqui.
(Sim, isto é uma casa de banho banhada a ouro)
-Golden triangle ou triângulo dourado. Tem este nome pois nesta zona o rio Mekong faz fronteira com três países: a Tailândia, o Laos e Myanmar. Aqui as populações viviam do cultivo e tráfico do ópio. Era uma zona considerada terra de ninguém e por isso não havia controlo por parte das autoridades. Hoje em dia, é apenas um ponto turístico com a curiosidade de as margens do rio confrontarem 3 países.
-Long Neck
Karen Hill Tribe Village: a vila mais conhecida pela tribo das mulheres-girafa. Ao visitarmos este local estamos a ajudar estas mulheres, refugiadas birmanesas, a manterem o seu sustento.
É um dia longo, voltámos por volta das 9.00 pm.
6º
dia – partida para Krabi (sul, praias e ilhas)
Voo pela Bangkok Airways com destino a Krabi (escala em Bangkok).
Hotel Aonang Princeville Resort- Hotel simpático na primeira linha, mas sem vista para a praia por causa da vegetação. Bom pequeno-almoço e bem localizado.
O primeiro dia foi um dia típico de clima tropical, muita chuva e calor. Creio que nunca vi chover tanto em toda a minha vida.
Tarde de descanso no quarto e saída para jantar, pouco mais se podia fazer de baixo de tanta chuva.
7º
dia- Krabi
Ainda com tempo nublado, mas com alguns rasgos de sol,
fizemos um pouco de piscina pela manhã, almoçámos e à tarde fomos experimentar a tradicional massagem tailandesa. Pagámos 600thb= 13,10€ por uma hora de massagem para 2 pessoas. Isso mesmo 6€ por uma hora de massagem!
Assim que nos apercebemos que o tempo estava a melhorar
decidimos começar a procurar excursões pelas ruas. Encontrámos uma vendedora fantástica da
IC Travel. Mrs Yuvadee Suksri, que nos vendeu 3 excursões (com transfer
desde o hotel e almoço incluído) e o transfer de taxi para o aeroporto.
Contactos da Yoo: lee.yuvadee@gmail.com
Excursões (preços duas pessoas):
- James Bond Tour: 2200thb
- 4 island Tour: 900thb (no posto de turismo pediram-nos 900thb
por pessoa)
-Phi Phi Island tour: 1800 thb
Transfer taxi particular para o aeroporto 450 THB (o preço
normal era à volta dos 600 thb)
Existe ainda a
possibilidade do Shuttle Bus por 150thb, mas a última partida era às 16.15h, o
que para nós era demasiado cedo, visto que a essa hora estaríamos a chegar da
excursão às Phi Phi.
No total pagámos 5350thb, ou seja, cerca de 131€ pelas 3 excursões e transfer de volta ao aeroporto.
8º
dia - Tour à James Bond Island
Das 9.00h às 17.00h
Inclui:
Deslocação até Phang Nga Bay, através de Mini-van, onde
apanhamos o Long Tail Boat até Limestone Cave (opção de fazer canoagem)
Regresso por volta
das 17.00h
Novamente por nossa conta, descobrimos em Aonang o Restaurante Aning: Comida muito boa, excelente apresentação, pratos
tailandeses e ocidentais, bom peixe e marisco, empregadas
muito simpáticas, música ao vivo, decoração bonita, bom ambiente e nada caro. Recomendo vivamente o Fried Rice in Pineapple. Preço da refeição 880.65 THB=19.97€ duas pessoas com bebidas, sobremesas e café.
9º
dia - 4 island Tour
Partida às 8.30h regresso às 15.00h
Transfer a partir do hotel
Partida da praia de Ao Nang para o mar de Andamão
A visitar:
-Phra Nang Cave – uma das melhores praias da zona. A água é extremamente quente e a cor inimitável. Um paraíso na terra.
De regresso a Krabi, tempo ainda para uma massagem tailandesa after-sun. Uma hora/ duas pessoas por 800thb=18.14€. E tantas outras havia para experimentar, baratíssimas e em qualquer esquina. A massagem tailandesa é definitivamente a não perder!
10º
dia- Tour phi phi Island e regresso a Bkk
8.30h às 16.00h
A visitar:
Lohsamah Bay
Lohsamah Bay
Pileh Bay
Monkey Bay
(snorkelling)
Maya Bay
Viking Cave
Phi Phi Don
Island (almoço)
Bamboo Island
O tour que menos gostámos. Viagem longa apesar de ser em
speed boat. O próprio barco não nos permite ver a paisagem durante a viagem. Cerca de 40 pessoas a olhar umas para as outras durante 2 horas. No
regresso foi pior, pois o mar estava muito agitado. Três pessoas à nossa volta
mal-dispostas e a vomitar, toda a gente completamente encharcada pelas ondas do
mar: os sacos, roupas, camaras de filmar, etc. Um regresso que parecia nunca mais terminar.
As ilhas Phi Phi são vistas à pressa, tendo em vista que o pouco tempo que temos é para almoçar. A paragem é feita pelo lado do porto, que não é tão bonito quanto as
praias, e não há muito para explorar excepto as bancas de rua. Só depois de almoço é que nos levam até Maya Bay, a célebre praia do filme "A Praia” com o Leonardo di Caprio. A praia está repleta de gente e de barcos, mas é sem dúvida uma praia de sonho.
As ilhas Phi Phi foram bastante afectadas pelo Tsunami de 2004, e apesar de praticamente já não haver vestígios de tal tragédia, os alertas permanecem nas ruas.
De volta ao Hotel: apesar de termos feito o check-out de manhã, o hotel arranjou-nos um quarto para um duche rápido e para podermos mudar de roupa antes de apanharmos o avião de volta a Bangkok.
21.00h - Chegada a Bkk
Visto que o voo de regresso a Lisboa era na manhã seguinte, optámos por um
hotel a dez minutos do aeroporto cuja tarifa já incluía o transfer para o
aeroporto.
O hotel escolhido foi o Hotel Vismaya: hotel moderno, apesar de localizado numa zona feia junto ao aeroporto, e o pequeno-almoço era fraco. Todavia, serviu bem o nosso propósito de estarmos perto do aeroporto. O hotel tem piscina, para quem tiver tempo para usufruir dela,
o que não foi o nosso caso.
11º
dia - viagem de regresso a Lisboa com escala em Frankfurt
Á chegada a Lisboa, depois de 15 horas de voo, as malas
demoram cerca de meia hora a aparecer, coisa nunca vista em nenhum dos
aeroportos por onde passámos (A Ground Force no seu melhor).
Ainda fomos chamados pela Alfândega, e pediram-nos para abrir as malas, tal é o contrabando vindo daquelas paragens.
Espero que as dicas vos ajudem a planear melhor a vossa viagem à Tailândia. Se tiverem novidades ou outras sugestões de itinerários, publiquem por favor nos comentários.