segunda-feira, dezembro 28, 2015

Há piropos e piropos!

Os piropos já são crime e dão pena de prisão até três anos.

Há uns tempos atrás escrevi isto, em tom irónico a propósito de um vídeo que na altura se tornou viral. Os piropos apresentados no vídeo nada tinham de badalhoco, abusivo ou ofensivo, e na minha opinião não se justificava tanta celeuma.

Esta "nova" lei (parece que já vem de agosto, mas só agora está a vir à baila) não se dirige a quem passa por nós e nos diz "olha que bonita" ou "que bem que ficas de azul", ou "que sorriso".

Já o "fazia-te isto, fazia-te aquilo" (e outros que tais que somos obrigadas a ouvir) é nojento, inadmissível e merece ser punido.

Esta lei salvaguarda o nosso direito de andar na rua sem sermos importunadas com conversas de teor sexual. Não temos de continuar a fingir que não ouvimos, não temos de "comer e calar", para não alimentar mais a conversa.

Agora, para que a lei funcione há que denunciar!


quinta-feira, dezembro 24, 2015

Bom natal, limoneiros




Bom natal, Limoneiros! Muito amor, paz, felicidade e esperança. E muitas Limonadas da Vida. Hoje e sempre!
#feliznatal


segunda-feira, dezembro 21, 2015

O mundo divide-se entre... #5

O mundo divide-se entre as pessoas que compram presentes de Natal com um mês de antecedência e os que os compram de véspera e safam-se sempre, os sacanas.

Não sei como é que eles fazem! Eu, uma semana antes do Natal, parece que já não encontro nada de jeito para comprar, está tudo esgotado!










sexta-feira, dezembro 18, 2015

Gente que me irrita ... #5 (Os Empatas)

Quem nunca deixou o carro a ocupar uma parte do passeio, em 2ª fila durante 2 minutos com os quatro piscas ligados ou encostadinho à passadeira (quase a comer as riscas)?
Todos nós, certo?

Mas, e aquelas pessoas que estacionam onde calha e vão à sua vida? Daqueles que atrapalham a vida dos outros, mas vão descansados jantar ao restaurante, às compras no shopping ou até estender a toalha na praia, enquanto tu apitas até a buzina do teu carro ficar rouca.

Sim, sim estas pessoas existem!

#gentequemeirrita




Fãs de Star Wars roam-se de inveja!

Agora que o novo episódio está nas salas de cinema e que a euforia Star Wars está de volta, agora que as lojas e hipermercados estão carregadinhos de brinquedos relacionados com o tema, posso fazer um niquinho de inveja aos super-hiper-mega fãs de Star Wars?

Reconhecem?









Na minha viagem à Tunísia, em 2013, passei pelo deserto de Chott el Djerid onde foram feitas algumas filmagens da saga Star Wars. Fica obviamente no meio do nada, mas já é considerado ponto turístico e é um dos mais emblemáticos locais onde os guias nos levam aquando da visita ao deserto, pelo facto de ser o local onde se filmaram as cenas exteriores da casa de Luke Skywalker.


Outro dos locais de peregrinação na Tunísia é Matmata e a visita a casas berberes, construídas debaixo do solo, como esta:





O hotel Sidi Driss, em Matmata, também é um dos locais mais visitados pelos fãs da Saga, por ter sido nele que ocorreram as cenas da casa da família Lars.

Já estão roídos de inveja?

Para não dizerem que sou mazinha, partilho convosco um link dos locais que um fã de Star Wars não deve perder - aqui.


quinta-feira, dezembro 17, 2015

Gente que me irrita ... #4 (Os Esquecidos)


Pessoas que combinam coisas connosco e depois não aparecem, não telefonam, não dão uma satisfação. Faltam aos compromissos e depois seguem o seu caminho ao estilo no pasa nada.

Quando te voltarem a ver, nem sequer te falam no assunto, a não ser que tu puxes a conversa: ouve lá pá, então no outro dia não apareceste? E a resposta é sempre o mais descontraído possível: epá, adormeci e fiquei sem bateria/saldo no telemóvel para te avisar.

Dá vontade de perguntar: e ainda não acordaste? É que a tua chamada nunca mais apareceu! Nem sequer uma mensagem...


#gentequemeirrita




Os portugueses são mesmo assim

Esta manhã tive um acidente.
Quando senti a pancada na traseira do carro, olhei pelo retrovisor e não vi ninguém atrás de mim. Quando olho pelo espelho lateral vejo uma pessoa caída no chão. Saí do carro a correr enquanto ouço gritos "ajudem-me, ajudem, não me consigo mexer."
Quando me aproximei, vi que era uma miúda. Tão novinha, pensei. Estava consciente, disse-me que tinha caído da mota, que tinha muitas dores nas pernas, e pediu-me para ligar para o 112, pois não se conseguia levantar.
Nisto, aproxima-se um casal que já está a ligar para o 112, e passam-me o telefone. Enquanto estou a explicar ao 112 onde estamos, vou perguntando à miúda, o seu nome (Carolina), quantos anos tem (18), o que lhe dói (as pernas e os joelhos), tudo a pedido da voz do 112. Aproxima-se outro carro. Sai a correr, e a oferecer ajuda, uma Susana que diz ter feito o curso de socorrista.
Conforme instruções da socorrista Susana, não mexemos na Carolina, e muito menos retirar-lhe o capacete. Conseguimos tirar-lhe a mochila que tinha às costas, apenas para que se possa deitar direita no chão.
A Carolina pede para ligar à mãe. Não atende. Pede para ligar ao pai. Informo, com angústia, que a filha acabou de ter um acidente, mas que está consciente e a falar.
Meto conversa com a Carolina enquanto me aperta a mão. Pára uma carrinha dos Bombeiros que por ali passava. Ainda não era o INEM. Apesar de não serem eles os "chamados a socorrer", param para dar assistência. A Carolina chora dos nervos e chora quando os bombeiros lhe mexem nas pernas. Os bombeiros tiram-lhe o capacete, tem os lábios inchados e negros.
Chega mais um motociclista, pára, pergunta se é preciso ajuda. Agradecemos, mas neste momento não há muito mais a fazer. Estamos à espera do INEM. Digo para a Carolina "estás a ver a quantidade de pessoas que se oferecem para te ajudar? Vais ficar bem. Tens aqui tanta gente contigo. Não estás sozinha". E diz um dos bombeiros: "Os portugueses são mesmo assim!"
De repente, a Carolina solta uma gargalhada, e ao mesmo tempo que as lágrimas lhe caem pela cara abaixo, diz-nos: "Era suposto ir fazer exame de Finanças agora. Se soubesse, não tinha estudado tanto ontem à noite". Rimos todos!
Chega a polícia. Ainda no chão, mas já mais calma, a Carolina diz que não sabe como, mas que caiu sozinha. Chega o INEM e o pai.
Ficámos com a Carolina até ao momento em que ela entrou na ambulância. A socorrista Susana ficou com o contacto do pai da Carolina para saber mais tarde como ela ficou, e despediu-se de mim. Agradeci-lhe a ajuda.
Depois de toda a troca de papelada, da verificação de documentos, das apólices de seguro, do teste de alcolémia, do relatório da polícia, etc, respirei fundo e pensei na quantidade de pessoas, estranhos, que pararam para ajudar a Carolina. 
Como dizia o bombeiro, experiente nestes momentos de aflição, os portugueses são mesmo assim! Tão bom, digo eu!



quarta-feira, dezembro 16, 2015

Boteco das Tertúlias ...#4 - O Natal da minha infância




A dia 16 de cada mês juntam-se 5 bloguers numa Tertúlia virtual sobre temas diversos. Este mês como não poderia deixar de ser, o tema é o Natal, nomeadamente o Natal das nossas infâncias. 



O NATAL DA MINHA INFÂNCIA:

O Natal da minha infância tinha cheiro a fritos e canela, a lareira e chocolate.

O Natal da minha infância incluia sapatinhos na chaminé para recebermos os presentes.

A nossa imaginação (minha e dos meus irmãos) era tanta que por vezes entrávamos a porta de casa em silêncio e em bicos de pés com a certeza de que estávamos a ouvir os passos do Pai Natal.

Tinha um presépio enorme, não apenas com a tradicional família, o burro, a vaca, e o musgo, mas com ovelhas, pastores, lavadeiras, igrejas, pontes, lagos, e até patos.

Como todas as famílias havia discussões e desentendimentos, principalmente numa casa com 4 filhos, mas o Natal era tempo de paz, e as birras punham-se para trás das costas, com toda a naturalidade, em virtude daquela magia.

Depois de toda a família estar a dormir, eu e o meu irmão levantávamo-nos da cama para ir à sala ligar as luzes da árvore de Natal e ficarmos ali, sentados no chão, no escuro, a admirar o tal presépio, a imaginar cenários e conversas entre as diversas personagens, sonhando com o que iríamos receber no dia 24.

Não me recordo de nenhum presente que me tenha marcado em particular, a não ser a Minha Agenda, que eu todos os natais via na TV e ansiava que alguém me oferecesse.





Recordo-me mais de momentos, de sorrisos, de união, de uma mesa grande e farta.

Nunca mais me esquecerei de uma reacção maravilhosa do meu irmão, com cerca de seis anos, ao desembrulhar um presente: de mãos juntas, como que em oração, e a olhar para cima (olhando para o céu) disse "Obrigada Menino Jesus, era mesmo isto que eu queria".

E o Natal era isto, não o simplemente receber prendas, mas o acreditar que o Menino Jesus ouvia as nossas preces, e o deliciarmo-nos com coisas simples. Assim era na minha infância...




Da Rússia com amor

Aquele momento em que descobrimos que temos mais visualizações ao blogue na Rússia do que em Portugal!


Vocês manifestem-se por favor, que eu estou cheia de curiosidade em saber quem são, o que fazem nesse fim de mundo e o que vos leva a seguir a Limonada tão atentamente.

Deixem um olá nos comentários. 



O prazer de dar é maior do que o de receber

E se o Pai Natal te oferecesse um presente... que afinal não era para ti?


"Presents are for giving not for receiving"

‪#‎christmas‬ ‪#‎sharealittlelove‬ ‪#‎giftexperiment‬ ‪#‎ChristmasAsItShouldBe‬







sábado, dezembro 12, 2015

Amor é ... #7


Isto é tão cliché, eu sei .... mas continua a ser espectacular e tão romântico:

Amor é ... quando ele te traz o pequeno-almoço à cama. 

E não um pequeno-almoço qualquer, tipo um iogurte ou uma barra de cereais. 

Não! Daqueles que a gente sabe que deu trabalho, tipo ovos mexidos com óleo de côco e sumo de laranja natural. 



Agora vou ali fazer-lhe umas favas guisadas para o almoço e já venho!
Detesto favas, mas ele merece.


sexta-feira, dezembro 11, 2015

Há algo de muito errado nisto!

PALAVRA DO ANO - PORTO EDITORA

A iniciativa tem como objectivo principal "sublinhar a riqueza lexical e o dinamismo criativo da língua portuguesa (...) acentuando a importância das palavras e dos seus significados na produção individual e social dos sentidos com que vamos interpretando e construindo a própria vida."

A Porto Editora convida-nos a escolher, entre 10 palavras, qual a que para nós teve maior relevância nos meios de comunicação e nas redes sociais. Se quiserem votar, é só seguir este link Palavra do Ano Porto Editora.

Estive para votar na palavra "Acolhimento", mas tem sido tanta a polémica à volta da forma como os países interpretam o dever humanitário de proteger os sobreviventes de guerra, e tem sido tanta a dificuldade de acolher este elevado número de pessoas, que me retraí.

"Terrorismo" também faria muito sentido depois deste terrível ano, mas recuso-me a dar essa vitória aos desumanos que o praticam.

Escolhi esta: "Refugiado"



Foi esta a minha escolha, porque acho que ainda não se percebeu muito bem o verdadeiro conceito da palavra.

À conta de medos e pânicos, confundem-se refugiados com oportunistas, com preguiçosos à procura de subsídios, confundem-se refugiados com pessoas que se fazem de coitadinhos. E há algo de muito errado nisto! Ora leiam lá a definição novamente.

quinta-feira, dezembro 10, 2015

As coisas que uma mulher ouve!


A subtileza e a naturalidade com que estas frases são ditas tornam-nas banais e vulgares, demasiado banais e vulgares.

O mais triste é que muitas destas expressões são ditas por mulheres.






quarta-feira, dezembro 09, 2015

Palavra do Ano

A palavra do ano 2015 segundo os Dicionários Oxford é: um emoji.

O emoji de chorar a rir.

Ok, não é bem uma palavra, mas é sem dúvida um caracter animado e de bem com a vida.

Antes isso do que Terrorismo ou Estado islâmico...
Humanidade 1 -  Terrorismo 0


Coisas que me deixam de lágrima no olho!



Sabem aqueles pequenos incidentes no dia-a-dia que, apesar de não nos fazerem chorar, nos deixam inevitavelmente de lágrima no canto olho, com o queixo a tremer e com um pedacinho de raiva à mistura?

Fico assim com episódios deste tipo:
- bater com o dedo mindinho do pé no móvel lá de casa;
- verificar que já gastei um balúrdio no Euromilhões e nunca me saiu nem 1€ eurozito de consolação;
- quando a cabeleireira que me corta o cabelo dois dedos acima daquilo que eu queria;
- treinar no duro durante uma semana para chegar à conclusão que não perdi nem meio quilo;
- ir à procura de um quadradinho de chocolate e os sacanas dos meus filhos já terem devorado a caixa toda.
- o computador dar o berro antes de ter conseguido gravar as últimas alterações ao ficheiro;
- chegar ao pé do carro às 9.02h e verificar que foi multada às 9.00h em ponto!;
- mudar de estação de rádio e apanhar AQUELA música já nos últimos acordes;
- encontrar um spot para o carro lá para trás do sol posto, ao fim de mais de 10 minutos às voltas, e quando chego à porta do prédio acaba de vagar um lugar;
- descobrir AQUELE voo ao preço que queria, nas datas que queria, e quando vou fazer a reserva aparece a mensagem "já não existem lugares disponíveis"
- ouvir as alarvidades de Donald Trump! Esta é mais recente, mas provavelmente a mais frustrante!


E vocês, o que vos deixa neste estado?






segunda-feira, dezembro 07, 2015

Confissões de uma mãe:


Meus filhos:
Ontem, quando fui com o pai ao Continente, comprei uma caixa de chocolates. After-Eights!
Mas a primeira coisa que fiz quando cheguei a casa foi escondê-la.

É vergonhoso, eu sei. Não foi assim que vos eduquei, é verdade. Sempre vos ensinei a partilhar, certo?

Não é que eu esteja a comer chocolates às escondidas para fingir que estou de dieta,  não é que não queira partilhar a minha caixa de chocolates com o resto da família.

A questão é que.... vocês sabem que eu...  eu gosto de, de vez em quando, me deliciar com um quadradito de chocolate. Não é mandar-me à tablete inteira de uma só vez. Não. Gosto de um quadradinho a derreter-se levemente na boca, aquele sabor quente doce que dura e perdura. E se for chocolate negro, daquele que no fim amarga ligeiramente, melhor ainda. São coisas que se apanham com a idade! Vocês não iam entender.

Para isso, gosto de ter uns chocolatitos em casa para quando me apetecer, e sempre que me apetece gosto de ir à procura e de os ter à minha espera.

O mal é que vocês são uns "lambões" e devoram os chocolates, gelados, bolachas, etc num piscar de olhos, pelo que não duram mais que 2 ou 3 dias lá em casa. E quando eu vou à procura de um quadradinho, vocês já os comeram todos. Parecem trituradoras, chiça penico!

Sabem quando vocês me pedem para vos dar a última fatia de bolo? Eu sempre dei, mesmo apesar de ainda não ter comido, e sinto-me feliz por isso.  Mãe que é mãe é assim que faz. Mas no fundo, no fundo, eu também queria uma fatia de bolo, sabiam?

Uma mãe levanta-se às sete da manhã, prepara-vos o pequeno-almoço, leva-vos à escola, vai trabalhar, vai buscar-vos à escola, faz-vos o jantar, arruma a cozinha, lava a roupa, dobra cuecas e meias, e tudo o que quer ao final do dia é sentar-se 5 minutos no sofá com um quadradinho de chocolate a derreter-se na boca. É pedir muito?

Por isso, meus queridos, escondi os after-eights! E escusam de ir à procura deles. É para vosso bem. Se não os vêem também não vos vai apetecer. Longe da vista, longe do coração. Para além disso, vocês estão em fase de crescimento e precisam de vitaminas. Comam fruta que vos faz melhor!

Ah, e não adianta perguntar ao pai, que ele também não sabe onde estão!













sábado, dezembro 05, 2015

Limonada da Vida #23


Ser Voluntário!

5 de Dezembro - Dia Internacional do Voluntário.

Mais do que uma experiência que te enriquece, ser voluntário é uma forma de vida! 

É a necessidade de dedicares alguma parte do teu dia ao outro. É aqueceres o coração com o sorriso de um estranho. É entregares os teus ouvidos, a tua atenção a quem só conhece solidão. É a noção de partilha, mais do que de dever cumprido. É muitas vezes uma palavra, um consolo, um abraço, mais do que um pão, uma manta, um sapato.

Acredito que o nosso futuro enquanto humanidade passa por aí. Tem de passar por aí! 

#servoluntario
#comunidadevidaepaz


sexta-feira, dezembro 04, 2015

RIR 2016

Confirmações para o Rock in Rio até à presente data:
- Queen + Adam Lambert - Queen sem Freddy Mercury não é Queen, tal como Nirvana sem Kurt Cobain não é Nirvana, é Foo Fighters.

- Hollywood Vampires - um grupo de amigos (Alice Cooper, Johnny Depp, Joe Perry, etc) que se juntou para fazer covers de clássicos do rock. Para ver covers vou ao Karaoke do meu bairro.


A pergunta que se impõe é a seguinte:
Quando é que começam a apresentar artistas à séria? 

É que com este cartaz, nem com os 50% de desconto do Continente me apanham lá.

Não lancem artista-bombástico até ao Natal, não!




terça-feira, dezembro 01, 2015

Qual a dificuldade de agradar a uma mulher?

Não entendo por que razão os homens dizem que não sabem o que dar às suas mulheres. Todos os natais é a mesma conversa.

Têm tanto por onde escolher!
Entre :
-anéis, pulseiras, brincos, colares, uma viagem
-roupa, perfumes, sapatos, uma viagem
-malas, uma ida ao SPA, um jantar romântico, uma viagem
-um carro novo, um computador, um telemóvel, uma viagem, 
-um bilhete para um concerto, ópera, teatro, uma viagem
-cds, livros, um cachecol, uma viagem
-agenda, porta-chaves, chocolates, uma viagem
-lingerie, estojo de maquilhagem, cremes de rosto, uma viagem.

Qual é a dificuldade?

#natal #prendas #étãofacilagradarumamulher #viajar #LimonadaDaVida

Quem nunca...

Vamos lá dizê-lo com toda a frontalidade:

Quem nunca utilizou o argumento de estar muito engripado para não ter de dar beijos a alguém?

Quem já o fez ponha o dedo no ar.

#quemnunca

segunda-feira, novembro 30, 2015

Natal (im)perfeito do IKEA

É por isto que gosto desta marca.

Vai directa ao assunto, não anda cá com rodeios, nem com pais natais que bebem coca-cola, nem filhos que fazem vídeos para juntar os pais separados. Sim, esses anúncios são bonitos e enternecedores, porque o Natal é uma época mágica, de sonhos e de surpresas, etc, mas sejamos francos, o Natal também é muito isto.





Enquanto somos crianças, achamos que o Natal só é Natal se as famílias estiverem em total paz e harmonia. Depois crescemos e não é nada assim, mas não faz mal. Pode não ser como idealizámos, pode não ser como nos filmes ou nos anúncios de TV, mas é Natal na mesma.

O Natal não é exclusivo das famílias perfeitas. Também é do "Nuno que não se dá bem com a sogra", é do "Luís que faz confusão à tia Nela" e da "Teresa que se divorciou do Carlos". E não é por isso que devemos deixar de gostar de o celebrar.

O Natal é "complicado", mas tal como o resto dos dias do ano, o Natal é aquilo que fizermos dele. Já viram o ar do Carlos? Aquele que se divorciou da Teresa... O homem não podia estar mais feliz da vida.

O Natal também é isto! Estarmos de bem com o caminho que escolhemos.





sexta-feira, novembro 27, 2015

Há dias assim...



Vais a um serviço de finanças dizem-te para resolver nas finanças do imóvel.
Vais a outro serviço de finanças dizem-te para tratar na área da tua residência.
Recorres ao atendimento e-balcão respondem que antes disso tens de preencher o Modelo 1.
Ligas para a linha de apoio dizem-te que não vale a pena preencher nada porque a dívida não é tua, mas sim de quem comprou o imóvel.

E o ordinário ainda de me desliga o telefone na cara, só porque lhe disse que ele percebia menos de matéria fiscal do que eu...

Nem quando queremos pagar, eles se entendem!









quarta-feira, novembro 25, 2015

Cenas que me lembro #6


Aquele momento em que chegas a uma festa e não conheces ninguém a não ser a atarefadíssima e sem-tempo-para-te-dar-conversa organizadora do evento.


Iniciativa Natal Solidário pela Odisseias:

Natal Solidário pela Odisseias:

Sim, estas coisas são para se fazer todo o ano e não apenas no Natal, mas já que é nesta onda de espírito natalício que muitas vezes a solidariedade transborda, temos de aproveitar e partilhar estas iniciativas o mais que pudermos.

Natal Solidário Odisseias tem o objectivo de angariar brinquedos para que neste Natal nenhuma criança fique sem um miminho. Com apenas 5€ podemos doar um sorriso e fazer este um Natal melhor para uma criança.

Basta entrar no link, escolher o brinquedo que queremos doar e avançar com a compra. Eu escolhi este piroso-vaidoso Kit de Beleza da Violeta. Pagava para ver a alegria de quem o vai receber.



O projecto inclui ainda a gravação de um vídeo Ho Ho Ho a partilhar nas redes sociais com a #natalsolidario, e o desafio de três amigos para seguirem o exemplo.

O meu vídeo eu dispenso (e vocês também, acreditem!). Quanto ao desafio de 3 amigos, estão desde já todos convidados, meus Limoneiros. Se pelo menos 1 de vocês o fizer já fico contente, já valeu a pena.

Bem-hajam!





segunda-feira, novembro 23, 2015

Vou comprar-lhe uma prenda antes que ele faça uma birra!

Há coisas que eu tenho alguma dificuldade em entender, mas muito provavelmente o mal está em mim.

Não entendo aqueles pais que dizem: o meu mais velho faz anos hoje, mas tive de comprar prenda para os dois, senão o outro não se cala. 

Não entendo! Juro que não entendo.
Porquê? Por que é que quando um irmão faz anos o outro, por muito pequenino que seja, não pode ficar feliz pelo irmão e por ser ele a receber as prendas.

- Porque não entende o que é fazer anos e vai ficar triste por não receber prendas também.

Pois, não percebe, e por este andar nunca vai perceber. As crianças devem ser ensinadas, desde pequeninas, a ficarem felizes pelas alegrias dos outros, quaisquer outros, quanto mais por um irmão.

Talvez por eu partilhar o dia do meu aniversário com o meu irmão mais novo (desde os meus seis anos), talvez por sermos 4 irmãos e lá em casa nunca ter havido este tipo de frescuras, não me lembro de me fazer confusão os outros receberem prendas e eu não.

Cada um de nós tem o seu dia de aniversário, o dia em que é especial, o centro das atenções. E o "nosso dia" há-de chegar mais cedo ou mais tarde. Querendo ou não querendo todos fazemos anos. Os miúdos só têm de ser ensinados que, quando chegar o dia deles, também eles irão ser surpreendidos, brindados, parabenizados, e tudo e tudo!

Os pais (avós, tios e toda a família por arrasto) sentirem-se obrigados a comprar mais uma prenda só para calar um filho, acho completamente ridículo e contra-producente.

-Tem de ser, senão ele vai fazer uma birra

Deixá-lo! As birras também fazem parte do ser-se criança. Assim como as primeiras palavras, o ter de ir para a escola, os joelhos esmurrados, o colinho, os abracinhos, a varicela e os piolhos. Quando for crescido, e lhe contarem as birras que fazia, vai rir-se das suas infantilidades, mas ao menos recebeu educação, não foi comprado.

Ao comprar-lhe uma prenda fora do seu dia de anos só para o calar ou para não ficar triste (coitadinho), para além de o mimar de sobremaneira, está a promover a inveja e dificuldade em perceber o significado da palavra PARTILHAR. A vontade de partilha sente-se, o gostar de ver um irmão feliz sente-se, não se explica. No entanto, é um sentimento que deve ser estimulado, e não o contrário.

Gostava muito de ter alguma formação em psicologia que me permitisse fundamentar esta minha teoria, mas infelizmente resta-me o meu conhecimento empírico enquanto irmã, filha e mãe.

Talvez no vasto auditório deste blog (quantos é que vocês são? 27? 28?), haja alguma alma caridosa que me queira elucidar quanto aos verdadeiros motivos de alguns pais fazerem isto. Mas argumentos como deve de ser, ok? Que não seja o pura-e-simplesmente-não-ter-de-os-aturar. É que eu não lido muito bem com a preguiça.











"Profissionais da Crise"



Ontem foi dia de cinema, à moda antiga, com bilhetes comprados e fila de espera. Felizmente a TV, os canais de séries, Netflixs e todos os gadgets deste mundo (por muito que eu goste deles), ainda não acabaram com as salas de cinema. Continuo a gostar muito de sair de casa e ir ao cinema.

A escolha foi "Profissionais da Crise" (our brand is crisis). A escolha baseou-se no facto de o filme ser inspirado em factos verídicos e na presença do nosso Joaquim de Almeida. 
Era isso ou mais um 007.

Algures a meio do filme:
Ele- "só por ter visto o traseiro da Sandra Bullock já valeu a pena ter vindo!"

Não se deixem enganar pelo comentário do Limoneiro. O filme é bom! 

Inspirado nas controvérsias geradas à volta das eleições presidenciais bolivianas em 2002 que oponham Gonzalo Sanchez de Lozada e Evo Morales, e na colaboração de profissionais americanos na campanha de Lozada (Pedro Castillo interpretado por Joaquim de Almeida), esta é provavelmente uma das melhores interpretações de Sandra Bullock. Muito longe da giraça desajeitada (personagem-tipo a que Sandra Bullock já nos habituou), esta Jane Bodine tem a complexidade de uma neurótica com rasgos de lucidez brilhantes e cómicos.

Ela preenche cada cena, ela é o filme. Tudo o resto é cenário. Recomendo!



sábado, novembro 21, 2015

Gente que me irrita... #3 (Os Ciumentos)


Aquelas pessoas que têm dificuldade em dar um elogio, que não conseguem reconhecer, nem por um segundo, que estiveste bem e que dificilmente teriam feito melhor.

Reconhecer que foste melhor é passar-se para segundo plano, é demasiada humilhação.


#gentequemeirrita

quinta-feira, novembro 19, 2015

Dia Internacional do Homem


É hoje que alguém lá em casa me vai fazer o jantar... (ou talvez não!)



A adolescência é tramada!

A adolescência é tramada, mas é tão duramente deliciosa.

É a fase da vida em que o ímpeto da descoberta nos reserva aprendizagens e estaladas-sem-mãos como nenhuma outra.

As mudanças corporais, a procura de identidade, o questionar e quebrar regras e limites impostos, o turbilhão de emoções, os segredos, o fazer às escondidas. E também, por vezes, apanhar alguns sustos ao descobrir os verdadeiros contornos da realidade.

O excelente artigo de António Lobo Antunes publicado esta semana na Visão é um belo exemplo disso. Para quem não leu, aqui fica o link:Aulas-praticas-de-Anatomia



(Imagem de Susana Monteiro para o artigo aqui mencionado e publicado na Revista Visão)

Assim sim, vale a pena votar!

Qual Passos, qual Costa. Isto sim é um Primeiro Ministro!

Só voto novamente quando houver um candidato assim em Portugal:
Good looks
Brains
Funny
Feminist views


PS: É a primeira vez na história do país (canadá) em que metade do governo é do sexo feminino.

#canadaPM
#vouviverprocanada
#governoparitario


terça-feira, novembro 17, 2015

O mundo precisa de pessoas assim...#2- Aung Suu Kyi

A Nelson Mandela birmanesa:

Aung San Suu Kyi, líder da oposição à ditadura birmanesa venceu no domingo, dia 9 deste mês, as primeiras eleições livres de Myanmar.

Já não é a primeira vez que a Prémio Nobel da Paz (1991), filha do herói nacional da independência da Birmânia assassinado pelos seus rivais,  vence eleições.

Em 1990, enquanto Líder do Partido Liga Nacional pela Democracia, venceu as eleições que fariam dela a primeira-ministra do país. No entanto, os militares em vez de reconhecerem os resultados, mantiveram-na em prisão domiciliária durante 15 anos, passando a prisão efectiva em Maio de 2009, tendo sido libertada apenas em 2010.

Desta feita os resultados foram assumidos. No entanto, ainda é cedo para os birmaneses respirarem de alívio. As limitações impostas pela constituição de 2008 garantem um papel decisivo dos militares nos destinos do país, uma vez que continuam a ter 25% dos lugares do Parlamento e três das pastas mais decisivas do Governo. Para além disso, a Constituição impede-a de ser candidata a presidente uma vez que foi casada com um estrangeiro, e que os seus filhos têm nacionalidade estrangeira.

Será possível alterar a constituição? Irá Suu Kyi conseguir "conviver" com os militares? Ainda há muito para clarificar.

Ainda é cedo para gritar liberdade, ainda é cedo para gritar democracia, mas o percurso desta mulher, a elegância da sua inconformidade não-violenta, a persistência na luta pelos seus ideais que são coincidentes com os do seu povo, fazem dela uma Nelson Mandela birmanesa, uma heroína da actualidade, um exemplo de paz e perseverança.

O Mundo precisa de pessoas assim.








segunda-feira, novembro 16, 2015

Boteco das Tertúlias ... #3 Viagens

O Boteco das Tertúlias é um ponto de encontro com outros bloguers a dia 16 de cada mês.
Clica Aqui para saber mais.

O tema deste mês é : VIAGENS




Para quem é verdadeiramente aficionado, são precisos apenas dois motivos para viajar: por tudo e por nada. Porque nos aconteceu uma coisa boa na vida, viajamos para celebrar. Porque nos aconteceu uma coisa má e precisamos fugir dela, porque não aconteceu nada e viajamos para que aconteça.

Mas uma viagem também pode ser um momento de mudança, o início de uma nova vida, a descoberta daquilo que melhor há em nós mesmos.

Existem alguns filmes que exploram o tema das viagens enquanto ponto de partida para uma nova vida.

Vemos isso em "Comer, Orar, Amar". Julia Roberts no papel de Liz Gilbert, retrata uma mulher que aparentemente tinha tudo para ser feliz (marido, casa, carreira), mas que ainda assim se sente perdida e confusa tentando perceber o que realmente quer da vida. O seu divórcio é o ponto de partida para a busca do autoconhecimento pelos três Is: Itália, Índia, Indonésia. Em Itália, Liz encontra o prazer da gastronomia, na Índia descobre o poder da espiritualidade e na Indonésia encontra-se com a paz e o amor.

Em "Into the wild", o realizador Sean Penn mostra-nos a hístória verídica de um jovem americano, Christopher MaCandless, que ao terminar a faculdade e inspirado nas suas leituras de Tolstoi e Thoreau, parte para a aventura de uma vida. Chris abandona a casa dos pais, entrega o seu dinheiro a uma instituição de caridade, muda de identidade, e tentando afastar-se do materialismo da sociedade procura viver em comunhão com a natureza, pelo que parte em direcção ao Alasca. Só ele e a natureza. E é aí que termina os seus dias.

Em "Wild", um drama biográfico sobre a vida de Cheryl Strayed, cujo papel é interpretado por Reese Witherspoon, acerca da sua jornada em busca de um recomeço após a morte da mãe, um divórcio e um período em que praticamente se autodestruiu agarrada à heroína. Cheryl decide mudar de vida e apostar numa caminhada de mil quilómetros. Um ponto de partida para investir em si e começar uma nova vida perto na natureza.

Recentemente, uma pessoa minha amiga decidiu fazer o mesmo. Largou tudo e partiu, como nos filmes :-).  A Sara partiu para descobrir como quer viver, e está a fazê-lo neste preciso momento pela América Latina em forma de voluntariado. Podem segui-la em A Explorar o Mundo.

Transcrevo aqui as suas próprias palavras e os motivos que a levaram a esta partida:

"À procura de como quero viver!
Após tantas histórias, após tantas conversas, após tantos sonhos... Um dia decidi que o dia tinha chegado!
Desde que nascemos a sociedade cria expectativas sobre nosso futuro. Tens de ser bom aluno, para ter um bom emprego, casar e ter filhos. Ser bem sucedido é ter capacidade para comprar uma casa, ter um carro actual, conseguir pagar todos os impostos e ainda sobrar dinheiro para umas férias turísticas por ano. Fazendo as contas, trabalhaste dez horas por dia, consomes cada vez mais e tens cada vez menos: menos tempo, menos saúde e menos vontade própria! E quando dás conta a vida passou-te ao lado! Por outro lado se foges do que é considerado normal, olham para ti como se fosses um ser esquisito. Nós mulheres então temos um prazo de validade! Não vou aqui falar dos olhares que vi nem das sarcásticas perguntas e observações que me fizeram. (Se assim fosse este blog chamaria-se “Por amor da santa...a mais pequenina do mundo” ;D ). Tenho um episódio engraçado que vivi em Angola e que nos faz pensar, pelo menos a mim fez-me. Um senhor que na altura tinha 37 anos, 5 filhos, uma mulher e uma namorada com 19 anos, perguntou-me a idade (na altura teria uns 27 anos) e quantos filhos tinha, quando lhe respondi olhou para mim e disse-me “essa anca está velha e já não vai dar filhos”, argumentei que ainda era muito nova e que é possível ter filhos pelo menos até aos 40. Contestou-me que com essa idade estou breve no final de vida, eu disse-lhe que ainda não estaria nem a meio do caminho e que em Portugal é normal viver até aos 80 anos, ele chocado diz “ e o que fazem durante tanto tempo, isso é uma chatice?!”. Gargalhei! Vivemos! A questão aqui é como queres viver?! É incrível como a educação e cultura são importantes para a evolução das sociedades. É importante respeitar e tentar compreender as sociedades em que te vais infiltrando e estar aberto a que mesmo sendo diferentes da tua poderão ter coisas boas e quiçá haja uma forma de ajudar a alterar as coisas menos boas.

O pressuposto foi explorar, e para que não sentisse que faltava um sentido, a escolha foi ajudar. Por isso, ideia é conhecer pessoas que são agentes de transformação e trabalham para melhorar, efetivamente, a vida do próximo. Conhecer e viajar pelo mundo e ajudar em projectos sociais. Porquê fora de Portugal? Porque quero encontrar contrastes de culturas, crenças e valores, quero aprender, sentir e viver de maneiras diferentes. O desafio é ser inundada por outras realidades e conseguir gerir tudo isso. Estou de coração aberto para perguntar, ouvir, observar, sentir e registrar, e espero conseguir compartilhar as minhas experiências com a mesma intensidade que as vivo.

O objetivo maior é descobrir-me e tornar-me uma pessoa mais consciente e melhor. Este é o caminho que escolhi.

A fórmula de como queres ser feliz és tu que a escolhes!
Carpe Diem,
Sara"


Por vezes não importa o destino, mas sim o caminho que percorres!






sábado, novembro 14, 2015

E da religião se cria uma desculpa...

Este assunto do estado islamico não se reduz à religião.

Não podemos nem devemos condenar, achando contraditório ou provocador, quem neste momento "reza por Paris". Religião é a desculpa que eles usam para cometerem estes actos insanos e injustificados. 

Se a questão fosse verdadeiramente religiosa atacavam-se igrejas catolicas e judaicas, atacavam-se locais de peregrinação, o Vaticano, por exemplo. Isto não é um acto religioso, por muito que eles assim o pintem. 

Isto é contra a toda humanidade, crentes ou não crentes, agnósticos e ateus, contra todos os que não são loucos como eles. É o salve-se quem puder.

E é por isso que nos assusta, é daí que nasce o medo. Por desconhecermos o inimigo, por não sabermos que rosto tem, porque o problema não é o Islamismo enquanto religião, mas sim esta facção que se proclama de "estado islâmico", que de religioso pouco tem e do qual desconhecemos ou sequer entendemos motivos e intenções.

Milhares de muçulmanos, cristãos, judeus, etc condenam este acto bárbaro, e nisso estamos todos unidos, somos todos um.

Deixem a religião no seu canto que ela não é para aqui chamada. Aliás "Rezem por Paris" qualquer que seja a vossa religião, mesmo que não seja nenhuma! 

‪#‎prayforparis‬


Dos atentados à humanidade

Apesar de ontem ter sido Dia Mundial da Generosidade, a data ficou marcada na história da humanidade pelos piores motivos: Paris 13 Novembro 2015.

Tinha acabado de chegar a casa por volta das 02.00h da manhã, vinda da volta de rua com a equipa de voluntários da Comunidade Vida e Paz, quando me inteirei da notícia.

Ao tomar conhecimento dos diversos ataques na cidade de Paris, é impossível controlar um misto de sentimentos como a indignação, a compaixão, a raiva, a vontade de vingança e o medo.

Nas redes sociais está já espelhada, àquela hora, esta mixórdia de emoções, e não demora muito para que o discurso de alguns comentários inflame e se passe da indignação às reacções de nacionalismo extremo.

Talvez pela necessidade de encontrar um culpado, o bode expiatório nesta altura são os refugiados sírios. Depressa se passa da vontade de ajudar para a necessidade de nos protegermos. É o instinto de sobrevivência a falar mais alto.

Tudo isto é inflamado pelo sentimento de impotência quanto à forma como estes ataques podem ser prevenidos e evitados. Como combatê-los? Como defendermo-nos quando nos atacam, não na frente de batalha de uma guerra declarada, cara-a-cara e assumida,  mas na cobardia de um café, um estádio, ou uma sala de concertos? Como protegermo-nos quando nos atacam na normalidade do nosso dia-dia, no coração das nossas vidas?

Sou ainda do tempo em que os países tinham fronteiras. Lembro-me de passar fronteiras para ir a Espanha e recordo com lamento o formalismo que essa passagem implicava pelo receio de, por algum motivo, sermos impedidos de passar. Mesmo não tendo nada a esconder, lembro-me de os meus pais nos pedirem, a mim e aos meus irmãos, para não abrirmos a boca se as autoridades nos mandassem parar.

Temo que seja esse o futuro do meu país e da minha Europa. O retrocesso aos limites fronteiriços, políticos e geográficos, o fim da livre circulação de pessoas e bens, o regresso à burocracia e ao entendimento de cada um se deve proteger dentro da sua concha.

Na sequência de tudo isto temo pelo fim da generosidade e da preocupação com o Outro, porque proteger as nossas vidas e as do que nos são próximos, defender o nosso país e a nossa cultura passam obviamente a ser uma prioridade.

Deus queira que assim não seja! Deus queira que não cheguemos a esse extremo. Os extremismos nunca se revelaram benfeitores, nunca trouxeram nada de bom ao mundo!





sexta-feira, novembro 13, 2015

O mundo divide-se entre...#4



O mundo divide-se entre as pessoas que à meia-noite do último dia do prazo de validade de um iogurte o deitam fora, e
 os que após um mês e dez dias do fim se deliciam com o mesmo! 


Se me der uma coisinha má nas próximas 24 horas não é culpa da Danone.