sexta-feira, junho 23, 2017

Fashion Blogger por um dia


Hoje tenho um brunch de aniversário e um afternoon wedding. 
Sinto-me uma socialite

Só me falta o sunset no rooftop a enfrascar-me com gin tónico de anis e casca de tangerina.

Estou quase quase a partilhar aqui os modelitos que vou vestir, só naquela de me armar em fashion blogger por um dia!

Logo eu que sou mulher de cerveja!

#fashionblogger #sóquenão


quarta-feira, junho 21, 2017

Divagações

Estes últimos dias não têm sido fáceis.

Nas notícias a desgraça de Pedrógão Grande, sobre a qual eu não consigo falar. Não sei o que se passa comigo, mas sinto que não tenho nada a dizer que já não tenha sido tido e redito, esmiuçado até ao limite da privacidade alheia e do sofrimento humano.

Não consigo tecer críticas, apontar dedos, não me parece que seja isso o fundamental neste momento. É quase o mesmo que quando um filho cai e se magoa, e apesar de o termos avisado várias vezes, no momento em que estamos a levá-lo para o hospital não repetimos consecutivamente "eu disse-te", pois não? Só queremos é fazer tudo para que ele fique bem e o mais rápido possível. Apontar-lhe o dedo seria ridículo, quando tudo o que queremos é vê-lo bem.

Até agora ainda não tinha falado no drama de Pedrógão aqui no blogue, talvez até por egoísmo, porque estava a viver o meu próprio draminha minúsculo, mas que era o meu, bolas!

Os meus últimos dias têm sido um vendaval. Felizmente não pelos motivos tão graves quanto os que agitam Pedrógão Grande e as vítimas do devastador incêndio. São motivos meus, que não importam agora partilhar, ou pelo menos que não me sinto preparada para os partilhar.

Melhores dias virão! A vida não é sempre um mar de rosas, mas também só é o drama que dele quisermos fazer. O que há a fazer nesses momentos? É levantar a cabeça e recomeçar tudo de novo se for preciso. A vida também é muito o que fazemos dela, e deixar de fazer algo com medo de errar é a pior forma de vida.

Fixo-me no meu marido, nos meus filhos e na enorme sorte que tenho em os ter. Agarro-me ao amor enorme que me têm e à felicidade de saber que sou fundamental nas suas vidas. Conforto-me com os amigos maravilhosos, que os tenho, que estão sempre lá quando é preciso, e que sabem exactamente quando me deixar a sós, na minha introspecção.  O resto, mais desilusão, menos desilusão, que se lixe! É apenas a vida a ser vivida.

No matter what, I rise!











Viagens da Limonada #13 TOLEDO

A propósito da 40ª Maratona EDP Rock and Roll Madrid, em Abril deste ano regressámos a Madrid.

Visto que já conhecíamos relativamente bem Madrid (post aqui), apostámos num passeio por Segóvia (dicas aqui) e Toledo. Se tiverem uns dias a mais na vossa visita a Madrid, não deixem de visitar estas duas belezuras. 


Este post é sobre o nosso dia em TOLEDO: dicas para lá chegar desde Madrid e o que ver.



TOLEDO:
A partida de Madrid para Toledo é feita a partir da conhecida Estação de Atocha (Site da Renfe). Por experiência própria aconselho que comprem os bilhetes antecipadamente, pois correm o risco de os mesmos esgotarem no próprio dia.  A viagem desde Madrid é de apenas 33 minutos, muito tranquila e confortável, e custa 10,30€.

Apenas a 70 kms de Madrid, Toledo é uma cidade carregadinha de história, não é por acaso que foi considerada Património Cultural da Humanidade pela Unesco. Cervantes apelidou-a de "a glória de Espanha" e a cidade retribui-lhe sendo o autor mais honrado nas ruas de Toledo, uma estrada com o seu nome e uma escultura em bronze, para além das diversas alusões às suas obras, nomeadamente a paixão da cidade por D. Quixote.

A cidade está situada no topo de uma montanha, contornada por uma muralha e rodeada pelo rio Tejo. Os pontos históricos mais importantes incluem o Alcazár, a Catedral e o mercado central (o Zocodover), mas o fascínio começa logo pela chegada à Estação de combóios de Toledo.








Da estação à cidade são apenas alguns minutos a pé, não vale a pena usar qualquer tipo de transporte.
Ao chegar à Ponte de Alcântara temos uma das vistas mais bonitas do Alcázar. De facto, esta é uma das melhores zonas para o apreciar e fotografar. 








A subida ao alto da cidade pode ser feita por escadas, mas tem partes que é tão íngreme que a cidade disponibiliza uma escada rolante que atravessa as rochas até ao centro da cidade. Uma óptima ajuda, principalmente nos dias de muito calor.





Plaza Zocodover:
A principal praça de Toledo. Um excelente ponto de partida, até porque ali está o posto de turismo onde poderão solicitar um mapa e ouras informações que considerem relevantes.


Alcázar de Toledo:
Um dos edifícios mais simbólicos de Toledo, construído pelos romanos no século III e reconstruído na época cristã como fortaleza e palácio. Alberga hoje o Museo do Exército e a Biblioteca Regional Castilha- La Mancha. 

Durante a Guerra Civil, o Alcázar de Toledo foi utilizado como ponto defensivo e de resistência da Guardia Civil, durante o Cerco que durou 70 dias, tendo sido parcialmente destruído pelas tropas apoiantes da Segunda República. 

Estes eventos tornaram o Palácio num símbolo do Nacionalismo Espanhol, e o Alcázar serviu de inspiração para a fundação do El Alcázar, um jornal de influências de direita que teve o seu início na Guerra Civil. A defesa do Alcázar de Toledo foi uma das mais memoráveis e dramáticas batalhas na história da Espanha, impulsionada com histórias de fé e resistência até à morte.






Catedral de Toledo:
Também conhecida com a Santa Iglesia Catedral Primada, foi iniciada a sua construção em 1226 por ordens do Arcebispo Ximenez de Rada no reinado de Fernando III, só foi terminada em 1493. É a sede da Arquidiocese de Toledo. Só vista por fora, já é uma delícia.








Ao redor da Catedral é deixar-se perder pelas numerosas ruas estreitas cheias de lojas, artesanato, antiguidades e muitos sítios para petiscar. O centro da cidade é labiríntico, mas isso nem sempre é mau. É deixarmo-nos perder e aproveitar ao máximo cada descoberta.











Juderia:
As ruas de Toledo ainda hoje transpiram as influências da comunidade judia, expulsa de Espanha em 1492, e disso são testemunho a Sinagoga de Santa Maria la Banca, a Sinagoga de El Trânsito e a Mesquita de Cristo de la Luz.






Vindo do lado da Catedral, a próxima paragem é o Museo de El Greco. Trata-se de uma recriação de uma casa toledana da época de El Greco-  o pinto, escultor e arquitecto nascido em Creta, mas que desenvolveu grande parte da sua carreira artística em Espanha.





De seguida a Sinagoga de Sta Maria la Blanca





 e o Monasterio de San Juan de los Reyes.




Daqui atravessámos a Puerta del Cámbrón e contornámos a cidade por fora da muralha até à Puerta de Alfonso VI e Puerta de Bisagra onde atravessámos novamente a muralha até à Puerta del Sol.








Umas das atracções gastronómicas é o Mazapán, mas não se admirem que vos peçam um balúrdio quando um pedacinho destes custa 1€, ou seja, tanto quanto um bolo de pastelaria em Portugal com o triplo do tamanho. No fundo, muito parecidos com os tradicionais bolos algarvios de massapão (mas os nossos são mais coloridos e com formas divertidas).





O que comer em Toledo?
Bocadillos de Jamon iberico e uma (ou mais) Estrella Damm, é sugestão que nunca falha.

Terminámos a nossa visita a Toledo regressando ao palácio, e descendo até à Puerta de Alcântara para o regresso à estação.

Com um pouco mais de tempo, haveriam com certeza outras maravilhas para descobrir em Toledo, mas o essencial foi feito.

Talvez um dia, o regresso.





quarta-feira, junho 14, 2017

Tipos de clientes reclamantes: dos construtivos aos oportunistas

Para quem não sabe, sou responsável pelo Customer Service de um hotel e confesso que tenho dias em que o meu trabalho é um verdadeiro desafio: uma montanha russa, uma roda gigante e uma tarde de circo, tudo ao mesmo tempo!

Existem reclamações que até fazem sentido. As críticas e sugestões são bem-vindas e ajudam-nos a melhorar a qualidade dos nossos serviços. São aquilo a que eu chamo os clientes construtivos.

Depois há aquele tipo de clientes que simplesmente não consegues agradar, nem que sejas tu a dar-lhes banho em água de rosas ou a limpar-lhes o rabinho com folhas de aloé vera. São os eternos insatisfeitos.

E depois há os idiotas. Os idiotas são aqueles que têm ideias fantásticas para apresentar uma reclamação. São de uma criatividade invejável. Senão vejamos os comentários:

- "a Noite Temática Portuguesa não tinha músicas em inglês". A noite portuguesa escandalosamente não tem músicas em inglês, que falha enorme.

- Casal de ingleses em regime de Tudo Incluído. Clientes jantam no hotel na primeira noite.
Na segunda noite decidem passear pelas ruas e jantar num restaurante local. Comem e bebem tudo o que lhes apetece e no fim apresentam ao restaurante a pulseira do Tudo Incluído. Reclamaram porque afinal não estava Tudo Incluído! Que interessa que o restaurante da rua não pertença ao hotel? Temos ou não temos Tudo Incluído?

- "Quando estava a jogar a espreguiçadeira para dentro da piscina, cortei-me no dedo anelar da mão esquerda". É exactamente para isso que as espreguiçadeiras servem, para ser mandadas para dentro da piscina. 

- "Sinto-me insulltado e humilhado pelo staff do hotel, pois eu não estava bêbado. Eu fui dormir para o sofá da recepção porque sou sonâmbulo." Já lhe ouvi chamar muita coisa, agora sonambulismo...

Hã?!  Digam lá se eu não tenho um dia-a-dia animado! Digam-me lá se eu não tenho a melhor profissão do mundo!


E por último temos os oportunistas, aqueles que reclamam e depois, entre um piscar de olhos matreiro, nos sugerem que com a oferta de um jantar ou uma massagem no SPA, a coisa fica resolvida. O cúmulo desses oportunistas é a apresentação de reclamações falsas, mas isto é matéria para um post inteirinho. Em breve...




‪#‎senhordaimepaciencia‬
‪#‎customerservice‬


Smartieteen - temos conquistadora


Há 3 meses a Smartieteen mandava-me uma mensagem lamentando-se de não ter tido 20 valores a Macs (Matemática Aplicada às Ciências Sociais, para quem não sabe). O 18,2 não lhe chegava!





Smartieteen no seu melhor: no mínimo 20 valores, abaixo disso é pra meninos!
Juro que não sou eu que lhe exijo boas notas. 
Juro que lhe digo dezenas de vezes que a vida não é só escola.
Juro que incentivo à descoberta de outras actividades e que aproveite a sua adolescência da melhor forma.
A culpa não é minha!








E não é que a esta semana, para terminar o ano em grande, a miúda conseguiu?

Temos miúda de esforço e de trabalho, temos vontade e garra, temos luta por aquilo que quer, temos Conquistadora.
Parabéns Smartieteen!




Momentos


quinta-feira, junho 01, 2017

Viagens da Limonada #12 Segóvia

Em Abril deste ano, a propósito da 40ª Maratona EDP Rock and Roll Madrid, regressámos a Madrid.

Foi no dia 23 de Abril que o Limoneiro fez a sua 4ª Maratona e que eu fiz o meu melhor tempo numa prova de 10kms. Hala Madrid!




Visto que já conhecíamos relativamente bem a cidade (têm post sobre Madrid aqui), decidimos explorar os arredores: as cidades escolhidas foram SEGÓVIA e TOLEDO.

Este post será sobre o nosso dia em SEGÓVIA :  dicas para lá chegar desde Madrid e o que ver.


SEGÓVIA:
Segóvia é uma cidade pequena, mas lindíssima e mimosa rodeada por uma muralha e com um castelo no alto, fazendo lembrar Óbidos. Todo o centro histórico faz-se muito bem percorrido a pé.É só deixarem-se perder pelas ruelas.

A partida para Segóvia é feita a partir da Estação de Combóios Chamartin e não da Estação de Atocha (Site da Renfe). Aconselho a que apanhem o combóio bem cedo, para aproveitar o dia, e que comprem os bilhetes antes do dia da partida, pois correm o risco de não conseguir bilhete para o horário pretendido.


Partindo de Chamartin, são apenas 27 minutos de viagem até Segóvia. Na estação existem autocarros próprios para nos levar até à cidade, os Urbanos de Segóvia, que custam apenas 2€.

Saíndo na paragem Acueducto, ficamos próximos de uma das principais atracções da cidade: o aqueduto romano.







Aqueduto Romano:
Datado dos princípios do século II d.c., tempo do imperador Trajano, o aqueduto é provavelmente o monumento mais simbólico de Segóvia. Tem 16.186 metros de comprimento (desde a Serra de Guadarrama) 28,10 metros de altura máxima, num total de 167 arcos. Foi construído para abastecer a cidade de água e é uma autêntica obra-mestre da engenharia hidráulica romana, uma vez que são apenas blocos de granito acamados em cima uns dos outros sem qualquer argamassa. É Património da Humanidade desde 1985. É muito bonito!

Bem próximo do Aqueduto está o Posto de Turismo, onde convém ir buscar um mapa e perguntar onde ficam os pontos mais importantes.











Subindo a escadaria até ao topo do aqueduto, é percorrer as ruelas da cidade até à Plaza Mayor, a praça central da cidade, com o seu coreto no meio e rodeada de lojas, cafés e esplanadas.
É na Plaza Mayor que fica a Catedral.






Catedral de Segóvia (Santa Maria)
Conhecida como a "Dama das Catedrais", começou a ser construída em 1525. Uma obra imponente e majestosa, mesmo no centro da cidade, com paredes ornamentadas e formas ponteagudas que enriquecem a sua beleza e elegância em estilo gótico.





Saindo da Catedral e a caminho do Alcazár, não deixem de visitar, pelo menos por fora, po Convento do Corpo de Cristo, a Puerta de San Andrés e a Casa dos Picos  (Hoje é uma escola de arte e sala de exposições, mas vale a pena visitar pelas paredes ornamentadas por picos que parecem diamantes). O Bairro Judeu, perto da Plaza Mayor, local onde viveram os judeus, deixou sem dúvidas marcas na arquitectura da cidade e por momentos até parece que voltamos atrás no tempo.

Alcázar (castelo) de Segóvia,
(sécs XI - XIX)
Construído sobre os restos de uma fortaleza romana, foi residência dos reis de Castela durante a Idade Média,e mais tarde uma prisão. Foi convertido em Real Colégio da Artilharia (academia militar em actividade mais antiga do mundo) em 1764, tendo posteriormente sofrido um incêndio em 1862. Hoje em dia o monumento tem várias salas visitáveis como a Sala dos Reis, a Sala do Trono e a Capela, bem como salas dedicadas à História da Artilharia. É também o Arquivo Militar de Espanha.

A entrada custa 5,50€, e vale a pena visitar o castelo por dentro, mas confesso que de onde ele é mais bonito é visto de fora e de longe. Por isso percorremos os contornos do Castelo a pé.

Os guias do Alcazár afirmam durante a visita que este foi o castelo que inspirou Walt Disney na construção do castelo das princesas Disney.  É também possível a subida à Torre de Juan II , torre panorâmica com vistas sobre a cidade, são 156 degraus de escada em formato de caracol.














Para mais informações visitem www.alcazardesegovia.com


RESTAURANTE:  Asador Maribel, com leitão (cochinillo) em forno a lenha à moda de Segóvia.
Foi um almoço de menu segoviano com sopa castelhana, cochinillo, vinho e sobremesa. (preço médio por pessoa 20€)







Regresso a Madrid ao final do dia.

HOTEL: Matute 11 Suites. Fica na Plaza de Matute, 11, junto à estação de Metro Antón Martin. Próximo da Calle de Atocha (Estação de Atocha , Parque do Retiro)  e do Museo Nacional del Prado. É um prédio antigo, mas os quartos estão todos renovados e bem decorados. Uma excelente opção!






Já sabem, se tiverem um dia livre em Madrid, nao deixem de visitar a giríssima e romântica SEGÓVIA!

No dia seguinte, fomos para TOLEDO, mas isso fica para um próximo post.