Perguntaram-me há uns dias por que razão o blogue se chama Limonada da Vida.
Foi resultado de uma brincadeira cá das minhas.
Há uns anos resolvi inscrever-me num curso de Escrita Criativa na Companhia do Eu com Pedro Sena-Lino.
Um dos exercícios do curso era a Descrição de Palavras. Eram-nos dadas palavras como desejo, medo, céu, música, casa, por exemplo, e nós teríamos de as descrever.
Mais tarde, já com as descrições apontadas num papel, teríamos de fazer um texto em que iríamos ser interrompidos por essas palavras (de cada vez que o Pedro as dissesse). Nós teríamos de incluir a nossa descrição da palavra no texto e continuar a escrever lidando com essa interrupção. Tudo muito rápido, muito instintivo, sem pensar muito.
Cada aluno teve a sua interpretação de cada palavra, cada aluno teve o seu texto, e meu deus qual deles o mais criativo.
Desse exercício saiu este texto, o qual deu origem ao blogue A Limonada da Vida e foi a primeira publicação do Blogue em 29/8/2013.
O que está a sublinhado no texto são as interrupções, as minhas descrições das palavras sugeridas.
Se a memória não me falha, Limonada da Vida era a minha descrição para Música, mas a partir daí passou a ser usado para tudo o que nos faz feliz, tudo o que nos anima, nos preenche, nos concretiza, nos faz bem, nos refresca a vida.
Vejam lá se não ficou bonito:
A LIMONADA DA VIDA
Toda a comida precisa de uma pitada de sal, toda a vida precisa de um toque de limonada.
A Limonada da Vida
terça-feira, agosto 22, 2017
segunda-feira, agosto 21, 2017
Tudo o que tens é Limonada!
Gosto de beijos que são abreijos
Abraços que são amassos
Risos que viram gargalhada
Numa jantarada sem horas
De convites, partilhas e entregas
Do tu do eu do nós e dos outros que nos preenchem
Do Sentimento que realmente se sente
De dar, de quem dá e do sorriso consequente
Da brisa quente na noite sofrida
Da mão que se estende sem senão
De conversas longas e toalhas estendidas,
De histórias de passados distantes que não se cumpriram e viram
lutas dolorosas numa escada que não é uma qualquer
Mas aquela onde dormita um herói que o é sem saber
De convicções e ideais, de quem os tem e deles não abdica
Gente assim já não se fabrica
Abaixo o mais-ou-menos, o pode ser, o poucachinho e o resto que fica
Porque já não se ama não se beija e não se amassa
Onde já não há amor é vida parada
Vida perdida num quase nada
Celebrar o quê quando tudo é vazio?
Por isso enche o copo, não o deixes a meio
Perde-te nas emoções e na vida airada
Estende a mão, aperta, aquece, apetece, arrisca e petisca, afaga e abraça.
Sente o sol no rosto, mas o do amanhecer,
que a hora é de acordar, aprender, errar, repetir, gritar, refazer, amar e fazer crer
que o tanto e o tudo que tens és tu que o fazes.
E tudo o que tens é Limonada!
#limonadadavida
Abraços que são amassos
Risos que viram gargalhada
Numa jantarada sem horas
De convites, partilhas e entregas
Do tu do eu do nós e dos outros que nos preenchem
Do Sentimento que realmente se sente
De dar, de quem dá e do sorriso consequente
Da brisa quente na noite sofrida
Da mão que se estende sem senão
De conversas longas e toalhas estendidas,
De histórias de passados distantes que não se cumpriram e viram
lutas dolorosas numa escada que não é uma qualquer
Mas aquela onde dormita um herói que o é sem saber
De convicções e ideais, de quem os tem e deles não abdica
Gente assim já não se fabrica
Abaixo o mais-ou-menos, o pode ser, o poucachinho e o resto que fica
Porque já não se ama não se beija e não se amassa
Onde já não há amor é vida parada
Vida perdida num quase nada
Celebrar o quê quando tudo é vazio?
Por isso enche o copo, não o deixes a meio
Perde-te nas emoções e na vida airada
Estende a mão, aperta, aquece, apetece, arrisca e petisca, afaga e abraça.
Sente o sol no rosto, mas o do amanhecer,
que a hora é de acordar, aprender, errar, repetir, gritar, refazer, amar e fazer crer
que o tanto e o tudo que tens és tu que o fazes.
E tudo o que tens é Limonada!
#limonadadavida
sexta-feira, agosto 18, 2017
Barcelona há dez anos, há um mês, hoje e sempre!
Barcelona, foi a nossa primeira viagem juntos, e talvez por isso foi uma cidade memorável para nós.
Cativou-me a sua energia vibrante, a história, a expressão cultural, e o facto de ter Praia, o que para mim é fundamental.
Cidade de futebol bonito que tive o prazer de assistir no mítico Camp Nou, cidade tão bem cantada por Freddie Mercury e Montserrat Caballé.
Desde que a conheci, sempre disse que Barcelona seria a minha segunda opção para viver, se algum dia deixasse Lisboa.
Aqueles dias que passámos em Barcelona, foram dos momentos mais bonitos da minha vida. Depois disso, fizémos planos para voltar, mas nunca calhou.
Há cerca de um mês, dez anos depois dessa primeira viagem, regressámos a Barcelona com os nossos filhos e também eles se encantaram. Foi no Porto de Barcelona que apanhámos o cruzeiro destas férias.
Percorremos as Ramblas de alto a baixo, de fio a pavio. Lembrei-me por momentos, enquanto lá estava, que aquele imenso mar de gente seria um alvo fácil para uma espécie de atentado semelhante aos que a Europa tem assistido, mas fiz questão de afastar rapidamente tais pensamentos, para não me assustar a mim nem aos miúdos.
É de facto assustador pensar que já não há cidades seguras, de que pode acontecer a qualquer um de nós. E foi isso que senti naquele dia em que percorríamos desde a Praça da Catalunha em direcção à estátua de Colombo.
Já no cruzeiro, uns dias depois, parámos em Roma, carregadinha de soldados de arma em punho, e mais uma vez o pensamento estranho de que podia ser aqui e agora.
Dias mais tarde, visitámos Nice, e verificámos que a Promenade des Anglais está a sofrer alterações, criando-se obstáculos para evitar que se repita o cenário do dia 14 de Julho.
Ao ouvir a notícia lamentável de hoje, tive um arrepio na espinha, uma sensação de dejá vu, e bateu-me uma tristeza imensa.
Deixo a minha enorme solidariedade e compaixão pelas pessoas indefesas que foram vítimas deste acto hediondo.
Recuso-me, no entanto, a deixar de viver, deixar de viajar, deixar de ter outros tantos momentos fantásticos na minha vida com medo do que possa acontecer.
Barcelona há dez anos, há um mês, hoje e sempre!
quinta-feira, agosto 17, 2017
Amor é ... #13
Eu- Sentiste algum sismo esta noite?
Ele- Sismo, não. Já tu a roncar... vai lá vai!
#vidaadois #limonadadavida #amoré
segunda-feira, agosto 07, 2017
BIPOLARIDADES
BIPOLARIDADES:
Quando vais aos saldos e pensas sozinha para os teus botões:
- Bolas, mesmo com 50% isto está pela hora da morte. Deus queira que já não haja o meu tamanho.Deus queira que não me sirva, deus queira que não me sirva.
(após uns minutos)
- Bolas, mesmo com 50% isto está pela hora da morte. Deus queira que já não haja o meu tamanho.Deus queira que não me sirva, deus queira que não me sirva.
(após uns minutos)
- Serve. E agora?! Levo ou não levo? É que me fica bem à brava. E está com 50%. Agora é que dava jeito eu estar gorda... Não quero saber, vou levar. Se me serve e ainda aqui está com este descontão é porque está destinado a ser meu.
- Ou talvez não. Com este preço comprava dois pares de calças, que também me fazem falta.
- Que se lixe, vou levar! Assim como assim as calças só me vão fazer falta no inverno. E isto dava para usar agora.
- Sim, mas o verão está a acabar...
- E então? Uma coisa não invalida a outra. Para além disso, recebi subsídio de férias e eu mereço, pá! Compra isso! Compra, compra, compra!
- Ok, ok! Vou levar, mas só porque tu (eu) insististe. Tocaste no meu ponto fraco: Eu mereço!
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