sexta-feira, agosto 18, 2017

Barcelona há dez anos, há um mês, hoje e sempre!

Barcelona, foi a nossa primeira viagem juntos, e talvez por isso foi uma cidade memorável para nós.
Cativou-me a sua energia vibrante, a história, a expressão cultural, e o facto de ter Praia, o que para mim é fundamental.
Cidade de futebol bonito que tive o prazer de assistir no mítico Camp Nou, cidade tão bem cantada por Freddie Mercury e Montserrat Caballé.
Desde que a conheci, sempre disse que Barcelona seria a minha segunda opção para viver, se algum dia deixasse Lisboa.
Aqueles dias que passámos em Barcelona, foram dos momentos mais bonitos da minha vida. Depois disso, fizémos planos para voltar, mas nunca calhou.
Há cerca de um mês, dez anos depois dessa primeira viagem, regressámos a Barcelona com os nossos filhos e também eles se encantaram. Foi no Porto de Barcelona que apanhámos o cruzeiro destas férias.
Percorremos as Ramblas de alto a baixo, de fio a pavio. Lembrei-me por momentos, enquanto lá estava, que aquele imenso mar de gente seria um alvo fácil para uma espécie de atentado semelhante aos que a Europa tem assistido, mas fiz questão de afastar rapidamente tais pensamentos, para não me assustar a mim nem aos miúdos.
É de facto assustador pensar que já não há cidades seguras, de que pode acontecer a qualquer um de nós. E foi isso que senti naquele dia em que percorríamos desde a Praça da Catalunha em direcção à estátua de Colombo.
Já no cruzeiro, uns dias depois, parámos em Roma, carregadinha de soldados de arma em punho, e mais uma vez o pensamento estranho de que podia ser aqui e agora.
Dias mais tarde, visitámos Nice, e verificámos que a Promenade des Anglais está a sofrer alterações, criando-se obstáculos para evitar que se repita o cenário do dia 14 de Julho.
Ao ouvir a notícia lamentável de hoje, tive um arrepio na espinha, uma sensação de dejá vu, e bateu-me uma tristeza imensa.
Deixo a minha enorme solidariedade e compaixão pelas pessoas indefesas que foram vítimas deste acto hediondo.
Recuso-me, no entanto, a deixar de viver, deixar de viajar, deixar de ter outros tantos momentos fantásticos na minha vida com medo do que possa acontecer.
Barcelona há dez anos, há um mês, hoje e sempre!



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