sexta-feira, outubro 11, 2019

A idade traz destas coisas

O meu aniversário já foi há dois dias, mas preciso de deixar aqui este registo em jeito de balanço.

Dizem que nativos de Balança ♎️ são românticos, elegantes, delicados, diplomáticos, que procuram incessantemente o equilíbrio.
Não sei se sou tudo isso, mas gosto sem dúvida de equilíbrio. Preciso de equilíbrio e de estabilidade, apesar de ter noção que foi graças aos momentos de desequilíbrio que me desconstroí e me recriei.
Foi nos momentos de mudança que me elevei.
Foi nos momentos de ruptura que me descobri e reinventei.
Tempos houve em que o novo me fazia tremer e a ansiedade tomava conta de mim como água numa fissura.
Mas se há coisa que a idade tem de bom é o aprendermos que o novo pode ser maravilhoso. O diferente oferece-nos experiências, dá-nos escolhas, acrescenta-nos currículo e obriga-nos a viver. E o viver apresenta-nos a serenidade.
O novo traz emoções que o conformismo desconhece.
Hoje, ao fazer 44 anos, o novo já não me mete medo. Continuo a precisar de equilíbrio e estabilidade, mas já num outro patamar. Equilíbrio sem conformismo, equilíbrio com uma pitada de adrenalina, com vontade de abraçar o tanto que a vida tem. Equilíbrio que não signifique estagnar, mas sim descobrir, viajar, aprender, conhecer, amar, abraçar e sorrir.
Equilíbrio não é ser amigo de todos, mas sim de quem dança o mesmo tango, de quem nos dá colo, de quem nos respeita, de quem preza a nossa companhia, de quem mesmo não sendo de sangue nos acolhe.
Equilíbrio não é aceitar tudo o que nos impingem, mas saber escolher e agarrar o que nos faz bem.
Equilíbrio é arriscar ser feliz. Arriscar-sentir-amar-sorrir como se fossem todos um verbo só.
É aproveitar cada dia porque o amanhã é magia.



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Diz o que te vai na alma