segunda-feira, setembro 29, 2014

Os gatos não têm vertigens!

Li algures que o novo filme de António-Pedro Vasconcelos, "Os gatos não têm vertigens", mais parece uma telenovela em formato de grande ecrã, com uma "história banal, previsível, cheia de clichés e personagens estereótipo."

Ora eu que não vejo novelas há uma catrefada de anos, que não me lembro da última novela que vi (acho que foi aquela com o Reynaldo Gianecchini em que ele andava com uma louraça toda boa e depois mudou para a filha..."Laços de Família", será?) não encontro qualquer semelhança, mas se calhar sou eu que ando a ver novelas a menos.

Pouco me interessa se a história é banal, se o António-Pedro Vasconcelos só faz filmes mainstream e comerciais. Este é um filme para a generalidade dos portugueses, sim! E então? Deixem-se de manias intelectualóides!

São 124 minutos bem passados, cuja mensagem chega rápido, mas se calhar é isso que se pretende.
A mensagem principal é que a generosidade e o amor podem mudar atitudes, podem mudar relações, podem mudar vidas. Não é nada de novo para ninguém, mas quantos efectivamente o fazem? Quantos se preocupam em fazer a diferença na vida de um desconhecido?  Por um familiar, um amigo até somos capazes de ter essa dedicação, mas e por um estranho? Quantos de nós têm a coragem?

Mais, do que esse desafio, este filme lança a certeza que o amor entre homem e mulher não tem de ser "carnal" e físico. Nem sempre duas pessoas se gostam, se complementam ou são cúmplices na perspectiva de um relacionamento amoroso. Há diferentes tipos de amor, e igualmente válidos, igualmente deliciosos e reconfortantes!

Os diálogos têm expressões curiosas e divertidas. Aquela do "dá aí uma passa... daqui a pouco o vento fuma mais cá gente!" (ou qualquer coisa deste género) já virou punchline cá em casa.

Para além disso, o  tema "Clandestinos do Amor" interpretado pela Ana Moura é humilde, mas honesto e doce.



Vão ver e depois digam de vossa justiça.

PS: SLB forever António-Pedro!






2 comentários:

  1. Concordo! As críticas ao filme têm sido injustas (enfim!).
    É um bom filme, que não me importaria de rever já amanhã, com uma excelente “mensagem” que é transmitida de uma forma leve e capaz de chegar à maioria do público português.

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