sexta-feira, maio 22, 2015

Ser mãe também é isto, não é?

Para além de mudar fraldas, de os alimentar, de lhes ensinar as maneiras à mesa, habituá-los a serem educados, a cumprimentar as pessoas, a saber dizer "obrigado" e "desculpa", uma das funções de ser mãe também é dar a conhecer aos nossos filhos a música do nosso tempo.

Eles reclamam vivamente, tal como reclamam quando os obrigamos a comer sopa e acompanhar bife com brócolos, ou de cada vez que os mandamos lavar as mãos antes de virem para a mesa, ou quando lhes pedimos para largar o telemóvel, pois estamos em momento de convívio familiar, ou quando lhes mandamos fruta para o lanche da escola, etc, mas mais tarde eles vão dar valor.

Pelo menos é essa a minha esperança. Que mais tarde eles ouçam uma canção e digam "Ishhha bem! Há séculos que não ouvia isto, a minha mãe costumava obrigar-me ouvir isto no carro. Que saudades desses tempos". Eles vão dizer isto, não vão?

Tal como eu digo de cada vez que ouço ABBA, Júlio Iglesias ou Roberto Carlos, pois era o que os meus pais me obrigavam a ouvir naquelas viagens de carro infinitas até Viana do Castelo. A terra do meu pai ficava longe à brava, pois na altura não havia auto-estrada e a cassete do Júlio Iglesias tocava non-stop.

Ontem a caminho de casa, na Rádio Nostalgia, passou o Save a Prayer dos Duran Duran, antes de ontem foi Thunder Stuck dos AC/DC.  Eles só querem Cidade e Comercial, mas tal como os brócolos e todas aquelas coisas que os obrigamos a fazer porque lhes faz bem, insisti naquele som. Eles reclamam, mas no futuro eles vão agradecer-me. Devagarinho eles chegam lá.

Que raio de mãe seria eu se não lhes mostrasse o Bohemian Rapsody dos Queen, o Satisfaction dos Rolling Stones, o Run Like Hell dos Pink Floyd, Your Latest Trick dos Dire Straits,  Smells like Teen Spirit dos Nirvana , Boys don´t cry dos The Cure, Personal Jesus dos Depeche Mode, Joe Cocker, U2, Beatles, Genesis, e infinitos de outros??









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Diz o que te vai na alma