sexta-feira, janeiro 04, 2019

18 anos de ti, Smartieteen.

18 anos de ti, Smartieteen.
Há 18 anos que sou uma mulher diferente só porque te tive. Foi contigo que aprendi que um filho está acima de tudo, inclusivamente de nós próprias. É um amor que extravasa todos os nossos limites e nos preenche alma e coração.

Ser mãe é muito mais do que andar grávida e dar à luz. É uma partilha diária, é um diálogo contínuo, uma aprendizagem mútua, uma dança que não tem fim.

Lembro-me que na tua infância cada gesto meu tu acompanhavas, cada música que eu cantava tu aprendias, cada história que te contava tu absorvias com espanto e alegria. E eu orgulhava-me disso, não para ficares igual a mim, mas para fazeres tu as tuas próprias escolhas.

Não és de todo um espelho meu, e nem eu queria que o fosses. Gosto muito que tenhas as tuas opiniões, mesmo que não sejam as minhas e que muitas vezes sejas ríspida na forma como te vinculas a elas. Se há coisa que te ensinei foi que deves ter as tuas convicções e seguir o teu caminho independentemente do que os outros pensam, mas com respeito pelos outros. Não é por as pessoas não concordarem que têm de se dar mal, desde que haja espaço para as convicções de cada um.

Olha para mim e para o teu padrasto: eu sou do benfica, ele é do sporting; eu acredito em deus, ele só acredita nele mesmo, votamos sempre em partidos diferentes, somos tão diferentes em tanta coisa e somos tão felizes.

A diferença é boa, até porque muitas vezes é a diferença que nos abre os olhos e nos permite ver as coisas de outra perspectiva.

Herdaste de mim o gosto pela quarta e sétima artes: a música e o cinema. Tens algo meu em ti, e isso basta-me! Terás sempre o meu amor a andar de braço dado contigo, e creio que isso para ti também será o bastante para enfrentares “come what may”. 

A cada gargalhada tua o meu mundo sorri contigo, porque cada sorriso teu é também uma alegria minha, cada lágrima tua é uma dor por mim sofrida, cada conquista tua é uma vitória que alcancei, cada desaire que te aconteça é porque eu também errei.  E não penses que isto assim foi apenas quando eras pequenina como a mana Maria. Continua a ser assim hoje e enquanto eu por cá andar.

O que nos une é muito mais do que os óbvios laços de sangue. São momentos, afectos, partilhas, cumplicidades, gostos comuns. Riquezas que já ninguém nos tira, memórias felizes que o tempo não apaga. Serás sempre a minha baby. 

When the sun goes down, and the band won’t play, I’ll always remember us this way!














2 comentários:

Diz o que te vai na alma