Li ontem na net que alguns turistas têm feito comentários negativos no Tripadvisor relativamente ao museu de Auschwitz, e que não recomendam a visita.
Em tempos estive em Struthof . Fazia parte do roteiro de uma visita de estudo ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, promovida pela escola.
Não é de facto uma visita agradável.
Dói percorrer a lista dos nomes dos que lá padeceram.
Dói estar perante as câmaras de gás, os fornos, as chaminés por onde alegadamente saía o cheiro a carne queimada e a sala onde faziam experiências médicas com os prisioneiros, apesar de já não corrermos perigo.
Dói entrar no museu e ver fotos em tamanho real de pessoas de expressão igual e magreza inexplicável.
Dói, incomoda, angustia, comove, devasta. Não, não é uma visita bonita e deslumbrante, mas bolas, não é suposto ser!
Tenho fotos guardadas dessa visita de estudo, esse passeio alegre de autocarro desde Lisboa até Estrasburgo: dos colegas, das brincadeiras, das cidades onde parámos, mas não tenho fotos daquele espaço. Não consegui. Ficou-me na memória. Tinha apenas dezassete anos, mas marcou-me muito aquele lugar.
Foi sem dúvida a visita de estudo mais chocante que uma escola alguma vez me proporcionou, mas igualmente a mais relevante. Locais onde a derrota do ser humano permanece, onde ainda cheira a intolerância.
É importante que se visite para que nunca o esqueçamos. Para que a história não se repita.
Acabei agora mesmo de escrever sobre o assunto. Acho que nunca vou esquecer o dia em que visitei o campo. Não foi agradável, mas foi bastante marcante.
ResponderEliminarVou espreitar...
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